Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Este livro organizado por Débora Diniz é uma excelente contribuição, em língua portuguesa, para o debate sobre os aspectos éticos, legais e filosóficos das aplicações da nova genética na Medicina, assim como uma reflexão necessária sobre as suas conseqüências sociais. Neste livro são abordados temas como a clonagem humana, a genética e homossexualidade, a genética das deficiências congênitas, as doenças genéticas do sangue como a anemia falciforme, o diagnóstico intraútero de doenças genéticas e o aborto seletivo, sendo discutido os fundamentos do aconselhamento genético e suas implicações na Saúde Pública.
A presente pesquisa partiu das inquietações surgidas da experiência da pesquisadora enquanto Diretora do Setor de Saúde do município de Descalvado sobre as manifestações do fenômeno da adolescência na contemporaneidade. Esse fenômeno pode ser percebido através das crescentes manifestações de indisciplina, violência, desinteresse e consumo de drogas que a população jovem vem apresentando.
Uma homenagem ao pesquisador e à sua trajetória. Adolpho Lutz foi o precursor das modernas campanhas sanitárias e dos estudos epidemiológicos envolvendo, sobretudo, o cólera, a febre tifoide, a peste bubônica e a febre amarela. Para compor a obra, os organizadores recuperaram o arquivo pessoal do cientista e de sua filha, a bióloga Bertha Lutz. Prêmio Jabuti 2005: 2º lugar na Categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde (obra completa) Prêmio Alexandre Rodrigues Ferreira 2005 (Sociedade Brasileira de Zoologia): Menção Honrosa na Categoria Livro (obra completa)
Que particularidades tornam o mosquito Aedes tão presente em nossa rotina? O que há de novo em termos de estratégia e controle desse mosquito? A fim de responder e fazer refletir sobre essas e outras perguntas relacionadas ao vetor, Aedes de A a Z, livro que integra a coleção Temas em Saúde, apresenta visões de quatro profissionais da Fiocruz com diferentes formações e enfoques complementares: Denise Valle, bióloga; Raquel Aguiar, jornalista; Denise Nacif Pimenta, antropóloga; e Vinicius Ferreira, jornalista e publicitário.
A ciência, cada vez mais, tem questionado e refutado o senso comum e as crenças que a humanidade vem acumulando ao longo das gerações. Diante desse conflito entre as experiências subjetivas e as evidências científicas, é comum indagar: afinal, o que é ciência? Como ela funciona? Para que serve? O que diferencia ciência de pseudociência? Como a ciência é impactada pelas fake news e pela desinformação? Este livro responde essas e outras perguntas que atravessam a mente de todos os interessados pelo universo científico e suas possibilidades. Entendendo a ciência como um par de óculos que aprimora a nitidez da nossa visão da realidade, esta obra convida o leitor a utilizar essas lentes para enxergar com mais exatidão o mundo que nos cerca.
Casos de confrontos entre marxistas e anarquistas são abundantes. Eventualmente, resgatam-se histórias de colaboração e convergência. Besancenot e Löwy vão além: querem, sob o signo da I Internacional, salientar a solidariedade histórica entre militantes anticapitalistas de todas as vertentes. Descrevendo a trajetória dos movimentos sociais da Comuna de Paris aos nossos dias, discutem ecossocialismo, planificação, federalismo, democracia direta e a relação sindicato/partido. Trata-se de uma obra sensível, entremeada pela esperança de que o futuro seja construído com cores vermelhas e negras.
O objetivo deste livro é analisar e compreender as relações interafricana a partir dos processos de integração regional em curso na parte ocidental do continente. Para tanto parte-se da hipótese de que o pertencimento dos Estados a múltiplas organizações de integração regional constitui o principal problema da construção e da consolidação de uma unidade integrada econômica, política, social e culturalmente. Este objetivo que originou o levantamento desta hipótese partiu da observação das incoerências entre os objetivos (comuns a todos) da integração regional e a criação fragmentada de instituições econômicas e monetárias, baseadas nos laços coloniais, e nas rivalidades internas constitui um freio integração regional oeste africano. Nesta primeira parte da pesquisa, que iniciou com uma breve introdução, passou por uma revisão da literatura, antes de descrever historicamente os processos e tentativos de integração regional permite concluir que apesar de da serem apresentadas como complementares, as organizações de integração econômica e monetárias da África Ocidental, nomeadamente a CEDEAO, UEMOA e ZMOA, representam interesses particulares tanto interna quanto externamente, e consequentemente o sonho da real unidade política e econômica demora a se concretizar.
Por que a questão da raça permeia grande parte do nosso universo moral e politico? Por que um ciclo perpetuo de escravidão — em todas as suas formas: politica, intelectual e cultural — continua a definir a experiência da negritude? E por que a violência contra os negros é um traço predominante em todo o mundo? Essas são apenas algumas das questões que este livro levanta. Wilderson apresenta, nesta obra, as bases de um movimento intelectual — o afropessimismo — que vê a negritude pelo prisma da escravidão perpetua. A partir de clássicos da literatura, do cinema, da filosofia e da teoria critica, ele mostra que a construção social da escravidão, vista pelas lentes da subjugação dos negros, não é uma relíquia do passado, mas um mecanismo que alimenta nossa civilização. Sem a dinâmica senhor-negro escravizado, sustenta o autor, um dos pilares da civilização mundial iria a colapso. Mais do que qualquer outro grupo, os negros serão sempre vistos como escravos em relação á humanidade. Afropessimismo fala ainda da infância do autor em Minneapolis e do racismo que ele sofre — seja na Califórnia dos anos 1960 ou durante o apartheid na África do Sul, onde ele se junta às fileiras do Congresso Nacional Africano. Este livro não apresenta solução para o ódio que está por toda parte, mas Wilderson acredita que reconhecer essas condições históricas é um gesto de autonomia em face de um mundo social essencialmente radicalizado.
Heller é conhecida entre nós como discípula de Georg Lukács. Intelectual empenhada na revisão do marxismo e filósofa dedicada a temáticas atuais – como pós-modernidade e ética -, a pesquisadora húngara fala da revolução em seu país no ano de 1956, de sua ligação com o mestre Lukács, da relação tumultuada com o Partido Comunista e de seu trabalho à frente da cátedra Hannah Arendt de Filosofia e Ciência Política, na New School for Social Research, em Nova Iorque.
O Eros se aplica, em sentido enfático, ao outro, que não pode ser abarcado pelo regime do eu. No inferno do igual, que iguala cada vez mais a sociedade atual, não mais nos encontramos, portanto, com a experiência erótica, que pressupõe a transcendência, a radical singularidade do outro. O terror da imanência, que transforma tudo em objeto de consumo, destrói a cupidez erótica. O outro que eu desejo e que me fascina é sem-lugar; ele se retrai à linguagem do igual. O desaparecimento do outro é um sinal da sociedade que vai se tornando cada vez mais narcisista; a sociedade, esgotada a partir de si, não consegue se libertar para o outro. É uma sociedade sem eros.
O título apresenta uma série de abordagens que reforçam as potencialidades da agricultura urbana (AU) e como ela se relaciona com a saúde e o bem-estar. De forma didática, os autores mostram como assuntos diversos estão ligados aos usos e práticas da AU. Os dois pesquisadores mostram que a agricultura pode ser algo muito mais próximo das pessoas e que é possível pensar um pouco além de dualidades já tradicionais, como campo x cidade e rural x urbano.
O livro esmiúça a nova proposta de agricultura. Em seu roteiro estão, em primeiro lugar, os marcos políticos da questão agrária no Brasil seguida pela discussão da gênese da agricultura moderna. O segundo marco traz a agroecologia e a busca de sustentabilidade, em seus conceitos elementares de ecossistemas, agroecossistemas, fertilidade, ciclo natural e os elementos. No terceiro marco, apresenta uma série de capítulos que esmiúçam as práticas agrícolas agroecológicas: o aumento da fertilidade do solo, o manejo de ervas, pragas e doenças, o uso da compostagem, os biofertilizantes e as receitas para prevenção e controle de pragas e doenças com o uso de produtos naturais.
Este livro apresenta a agroecologia e sua complexidade, propondo um modelo de desenvolvimento territorial baseado na organização camponesa para produção de alimentos com base na policultura e na valorização da diversidade das paisagens, dos ecossistemas e das espécies como modo de valorização da vida.
As muitas mulheres negras presentes no romance Água de barrela, de Eliana Alves Cruz encontram no lavar, passar, enxaguar e quarar das roupas das patroas e sinhás brancas um modo de sobrevivência em quase trezentos anos de história, desde o Brasil na época da colônia até o início do século XX. O título do romance remete a esse procedimento utilizado por essas mulheres negras de diferentes gerações e que garantiu o sustento e a existência de seus filhos e netos em situações de exploração, miséria e escravidão. A narrativa inicia-se com a comemoração do aniversário de umas das personagens após viver um século de muitas lutas, perdas, alegrias, tristezas e principalmente resiliência. Damiana, personagem central para a narrativa, cansada das batalhas constante e ininterruptamente travadas pela liberdade, se vê rodeada por sua família e se recorda dos tempos de lavadeira.
O trabalho que deu origem a este livro surgiu de uma série de questionamentos sobre conceitos e preconceitos impostos pela sociedade sobre os idosos - será que envelhecer é de fato 'esperar a hora da morte'? Será que ao envelhecer abdicamos de quem fomos e da satisfação de nossos prazeres?
Reunião de ensaios inovadores sobre ciência, ética, tecnologias médicas e o próprio discurso científico que voltam a ocupar lugar central com o surgimento da AIDS. São analisados os discursos preventivos, os conceitos epidemiológicos, as relações entre produção conceitual e ética, e as incontáveis questões tecnológicas, éticas etc. relacionadas à produção de vacinas.
Reunião de mais de uma dezena de ensaios sobre os diversos aspectos relacionados à pesquisa e prevenção da aids. O leitor encontra neste livro análises sobre metodologias de investigação na área da sexualidade, sobre programas educativos de prevenção e sua avaliação, bem como o debate sobre experiências particulares.
Desde 2000, a Associação Saúde em Família, em conjunto com o Setor Público e a Fundação Zerbini vem implementando na região de Sapopemba/Vila Prudente a integração de intervenções de prevenção à AIDS, integradas à atenção básica. Este livro, escrito basicamente por Agentes Comunitários de Saúde, relata experiências inovadoras e criativas na prevenção ao HIV/AIDS/DST entre a comunidade.
Uma das principais referências na história da luta contra o colonialismo, ideólogo do conceito de negritude nos anos 30, Aimé Césaire (1913-2008) produziu uma obra rica e influente a partir de sua própria experiência. Textos escolhidos, que a editora Cobogó publica pela coleção Encruzilhada, reúne três de suas mais emblemáticas criações: A tragédia do rei Cristophe, Discurso sobre o colonialismo e Discurso sobre a negritude, que oferecem ao leitor uma visão única dos ensaios e do teatro do poeta, ensaísta, dramaturgo e político nascido na Martinica. Aqui traduzidos por Sebastião Nascimento, esses textos, escritos décadas atrás, continuam a mover e a inspirar o pensamento decolonial em todo o mundo.
Este guia apresenta o resultado de estudos levados a cabo em diversas cidades do Brasil. Para tanto, os investigadores lançaram mão de um questionário e da aplicação de bafômetros em motoristas que circulavam nas grandes vias de tráfego dos municípios avaliados, entabulando resultados e estabelecendo estatísticas esclarecedoras sobre o comportamento em questão. Os primeiros capítulos abordam os problemas associados à legislação nacional e apresentam os dados provenientes da pesquisa, elucidando os aspectos metodológicos que a nortearam e comparando os resultados obtidos antes e depois da Lei Seca. São analisados, em seguida, os dados sociodemográficos dos entrevistados e seu comportamento e conhecimento da legislação específica, apresentando os índices de aceitação das medidas preventivas. Por fim, os anexos trazem o Questionário da Pesquisa Nacional Beber e Dirigir, utilizado na obtenção de dados, os Folhetos Educativos da Pesquisa Nacional Beber e Dirigir, e a Redação da Lei 11.705, a Lei Seca.
Um dos maiores problemas de pais e educadores é saber como enfrentar a questão do álcool e das drogas na adolescência. É de suma importância que os responsáveis entendam a situação, participem da vida dos jovens e estejam preparados para agir, se for o caso. Para ajudá-los nessa tarefa, a psicóloga Ilana Pinsky e o educador Cesar Pazinatto abordam neste livro, de forma clara e direta, tópicos como: O papel da escola e dos amigos; como identificar o uso; como combater o problema; como manter um diálogo produtivo. Além de responder às perguntas mais relevantes e recorrentes, o livro traz 15 sugestões de atividades para prevenção em sala de aula.
Este livro é uma contribuição ao estudo da psicopatologia do trabalho e da prática de programas preventivos ligados ao uso abusivo de álcool e drogas nas empresas. Trata-se de um estudo aprofundado, tanto teórico quanto prático, do estudo das relações relativas à interface entre o consumo abusivo de álcool e sua relação com o trabalho. Alcoolismo no trabalho é uma produção que se insere na visão de como o ambiente de trabalho – hipótese demonstrada a partir da pesquisa com trabalhadores de uma instituição universitária – por um lado, pode ser palco de intervenções, terapêuticas ou mesmo patológicas, e, por outro, pode atuar no plano da prevenção primária do alcoolismo entre os trabalhadores. Um ponto alto deste livro é a análise do caso dos mestres cervejeiros, a partir de outra brilhante pesquisa desenvolvida por Magda Vaissman, que nos demonstra, pela primeira vez, situações em que o alcoolismo pode ser considerado uma doença adquirida no exercício profissional.
A Organização Mundial da Saúde já reconhece o alcoolismo como a terceira causa de morbidade e mortalidade no mundo. Inserida nessa realidade, 'Alcoologia - O alcoolismo na perspectiva da saúde pública' traz capítulos que tratam de assuntos como Acidentes de trânsito, Ambiente de trabalho, Síndrome alcoólica fetal, Emergências médicas e questões voltadas para a população jovem. O objetivo da obra é contribuir no enfrentamento dessas questões, sendo uma referência para profissionais da área de saúde e afins, que se dedicam a minimizar as perdas e dados relacionados ao uso, abuso e dependência do álcool.
Além da pele compila artigos recentes de Silvia Federici a respeito do corpo e da política corporal em seu trabalho teórico e em outras teorias feministas. Os dez textos que compõem este livro revelam como o capitalismo tem transformado o corpo humano em máquina de trabalho — e o corpo das mulheres em máquinas reprodutoras de mão de obra. Dividida em quatro partes, a obra debate a relação entre corpos e opressões, a barriga de aluguel, as novas tecnologias reprodutivas e de manipulação genética, as antigas e recentes esterilizações forçadas, a criminalização do aborto, o cerco à sexualidade das mulheres, o trabalho sexual, o papel da medicina e da psicologia no disciplinamento dos corpos e a ânsia do capitalismo tardio em moldar, via novas tecnologias, um trabalhador cada vez mais semelhante a uma máquina — cujo corpo esteja imune a estímulos sensoriais, a desejos sexuais, sempre autodisciplinado, capaz de funcionar em qualquer situação e pronto para colonizar o espaço sideral.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.