Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Existem diversos conceitos que fazem parte do nosso cotidiano e que, apesar de evidentes para os nossos sentidos e intuição, são muito difíceis de se definir - como o de saúde, por exemplo. Sabemos quando estamos saudáveis, mas explicar em palavras o que, afinal, é saúde é uma tarefa que tem mobilizado séculos de pesquisa em medicina. Para responder a essa pergunta, o cientista Francisco I. Bastos percorre as diferentes dimensões de grandeza da matéria - partindo do “mundo do muito pequeno” até chegar ao “muito maior do que eu” - para explicar as diversas lógicas que regem cada escala de nossa vida. Analisando aspectos químicos, biológicos, psíquicos e sociais, Bastos delineia os contornos básicos da vida humana por meio de uma refinada sensibilidade para as singularidades da sociedade e da cultura contemporâneas, percorrendo com sua prosa cativante as mais importantes discussões da atualidade para expor os fundamentos da vida e, em especial, de sua árdua conservação num mundo repleto de doenças e outras ameaças ambientais.
No âmbito da saúde, evidencia-se a necessidade de novas abordagens que levem em conta a relação do local com o global/universal. Composta por processos muito dinâmicos no tempo e no espaço, e pautada por valores como ética, justiça e solidariedade, a saúde global é um campo com grande potencial de crescimento e cada vez mais atrai a atenção de instituições acadêmicas. Este livro descreve o surgimento desse campo de estudos e apresenta algumas definições do termo saúde global; contextualiza a saúde ambiental global e discute os problemas ecológicos de maior vulto enfrentados pela humanidade; enfoca alguns dos determinantes sociais das doenças não transmissíveis; mostra que as doenças infecciosas ainda constituem questões relevantes e urgentes no âmbito mundial; e aborda algumas questões socioambientais e de saúde transfronteiriças no nosso continente. O livro, portanto, apresenta as bases formadoras da saúde global e busca despertar interesse e vocações para o campo, onde os atores da área da saúde devem atuar em conjunto com as próprias comunidades e com profissionais de outros setores, como direito, agricultura, meio ambiente, engenharia, diplomacia, sociologia, antropologia, geografia e comunicação. “Argumenta-se a favor de compromisso com todos no mundo, em relações não assimétricas, em que o conhecimento e a cultura de todos os povos tenham contribuições válidas, que possam se somar na construção da saúde global, como ciência emergente”, afirma a autora.
Neste livro, são analisados conceitos sobre a saúde global sempre levando-se em conta que o olhar histórico é fundamental para compreender os desafios das políticas de saúde. O termo saúde global costuma ser usado em resposta a eventos novos, como epidemias internacionais que atingem países ricos e pobres. Mas, afinal, saúde global e saúde internacional são ou não diferentes? O professor e pesquisador Marcos Cueto não se dedica a encerrar o debate, mas sim a estudar os termos saúde internacional e saúde global, investigando a trajetória de mudanças e continuidades das agências e programas internacionais envolvidos com a saúde da população durante o período de 1850 a 2010. Para ele, “este livro expressa a esperança de que o estudo da história da saúde global seja de utilidade para os encarregados da elaboração de políticas públicas e para os estudiosos dos sistemas de saúde em todos os países, auxiliando-os no controle das doenças alimentadas pela pobreza”.
Compreender a atual política pública de saúde indígena à luz de seus antecedentes: com este objetivo, pesquisadores de diferentes especialidades e regiões do país se reuniram para produzir esta coletânea, que busca aumentar a visibilidade das vozes indígenas no cenário sociopolítico brasileiro. Os capítulos oferecem um panorama bastante consistente sobre o campo da saúde indígena no Brasil. O livro analisa o contexto político e institucional que originou o SUS e, particularmente, o Subsistema de Saúde Indígena.
Quisemos neste volume 10 da coleção trazer à tona os relatos vivos e encarnados de casos e causos, mostrar como e com quais referências as práticas contemporâneas vêm organizando-se na Rede de Atenção Psicossocial Brasileira (Raps). E pôr em evidência que essa rede é tecida de inúmeros dispositivos e serviços e alicerçada em bons repertórios teóricos. Optamos aqui pelo destaque dos serviços tipo Caps, em suas diferentes modalidades, dos leitos de Saúde Mental em Hospital Geral e de equipamentos e estratégias ligadas à Atenção Básica pela função intrínseca que a clínica tem em sua fundação e manutenção, sem com isso negar que diferentes perspectivas terapêuticas e de clínica(s) também podem produzir-se em outros pontos de atenção.
O objetivo central do livro é contribuir para o entendimento das dimensões e estratégias do campo da saúde mental e atenção psicossocial, bem como para a análise dos caminhos e tendências das políticas brasileiras nessa área. Na publicação, o autor faz uma reflexão sobre o percurso que vai das bases da psiquiatria e do manicômio aos projetos atuais, que buscam construir um novo lugar para as pessoas em sofrimento mental.
(...) De que forma o mandato da diferença sexual, presente na construção dos conhecimentos médicos e psicanalíticos sobre a histeria, se atualiza nos modos contemporâneos de tratamento da aflição? O que temos percebido em pesquisas etnográficas e interdisciplinares é que os discursos da diferença de gênero, mesmo não sendo em muitos momentos explicitados de forma clara, constituem e ditam práticas de profissionais e agentes do Estado nas áreas de saúde em geral, de saúde da mulher e de saúde mental. Dois conceitos têm operado nesses dispositivos, de forma articulada ou não. O primeiro é o conceito de ciclo de vida da mulher como parâmetro para pensar sua maior ou menor vulnerabilidade para a vivência de problemas ou distúrbios de ordem psicológica ou mental. (...)
O livro tem a intenção de explicitar a abordagem sistêmica no cotidiano dos profissionais que trabalham no primeiro nível da atenção à saúde e facilitar a prática reflexiva aos leitores que estejam sedimentando este conhecimento. Os títulos dos capítulos foram selecionados tentando responder a muitas questões vivenciadas como dúvidas de alunos de graduação e pós-graduação que acompanharam as autoras nos últimos anos e pertenciam a diversas categorias profissionais.
Esta coletânea analisa diversas temáticas importantes e atuais em saúde mental e atenção psicossocial na rede básica, abordando os conceitos de forma acessível, embora mantendo sua complexidade. Baseados em pesquisas sobre cuidado em saúde mental na Estratégia Saúde da Família no Rio de Janeiro, os textos convidam o leitor a exercitar uma aproximação entre questões acadêmicas e práticas de cuidado no território. Os autores - profissionais com larga experiência de trabalho neste campo - buscam sistematizar e coletivizar saberes e práticas de forma a estimular as equipes de atenção básica a construírem e renovarem abordagens na perspectiva da desinstitucionalização. Segundo a organizadora, o entendimento de desinstitucionalização defendido no livro é aquele “que nos impulsiona para uma cultura do cuidado em instituições abertas e com um estilo coletivo de trabalho”. Diversas questões são colocadas em perspectiva, no sentido de ampliar os aspectos envolvidos no adoecimento com sofrimento psíquico, como a cultura e o ambiente em que se vive. A direção apontada é a da superação da dicotomia corpo-mente, destacando-se que a atenção psicossocial exige um cuidado interdisciplinar, integralizado e territorial.
A explosão dos casos de depressão é um fenômeno mundial e complexo. Sua compreensão requer a mobilização de diversas áreas do saber. O presente livro propõe uma análise aguda e abrangente do problema, trazendo importante contribuição para o estudo desta condição que vem se tornando epidêmica, especialmente após a ascensão do neoliberalismo em nível global.
A partir da importância do processo da reforma psiquiátrica italiana, este livro reúne a conferência que Franca Basaglia proferiu no Rio de Janeiro, e as conferências de Franco Rotelli, Giovanna Butti e Paulo Amarante sobre a formação no campo da saúde mental, atenção psicossocial e reforma psiquiátrica. Em anexo o texto completo da Lei 180, de 13 de maio de 1978, a Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana, mais conhecida com a Lei Basaglia.
O livro Saúde Mental, Políticas Sociais e Democracia chega em momento devastador na vida dos brasileiros e brasileiras. A calamidade socioinstitucional em que estamos mergulhados, acrescida dos impactos da pandemia, tem trazido enormes desafios para o campo da saúde mental e da luta antimanicomial. Os retrocessos na PNSM e na RAPS com o avanço da lógica asilar e hospitalocentrica, tem ampliado os graus de vulnerabilidade e de falta de cobertura em termos de atenção psicossocial no país. Este livro reúne atores e ideias que intencionam não deixar que essa maquinaria de morte e descaso reine soberana e autoritariamente entre nós, ceifando nossas apostas no SUS, na democracia e na justiça social. Canela/RS, 28 de setembro de 2022 Magda Dimenstein.
Em um momento desafiador e crucial da história da educação no Brasil, o livro analisa propostas inovadoras de reaproximação entre os setores Educação e Saúde. De forma sintética, mas aprofundada e rica em referências, a obra e convida seus leitores a acompanharem o desenvolvimento histórico da saúde escolar no Brasil, os modelos de programa e a trajetória do Programa Saúde na Escola (PSE) no Rio de Janeiro, de 2000 a 2009, período em que o pesquisador esteve à frente do Programa no município.
A renomada revista inglesa The Lancet avaliou como oportuna a produção de uma série de artigos sobre a saúde no Brasil, a exemplo do que já havia sido feito com a África do Sul e a China – outras duas economias emergentes e promissoras no contexto mundial. Publicado em maio de 2011, o número temático da revista sobre o Brasil teve grande repercussão dentro e fora do país. Com o objetivo de aumentar o acesso do público brasileiro ao conteúdo desses artigos, The Lancet autorizou a Editora Fiocruz a traduzir a edição especial para o português e adaptá-la para a forma de livro. Desse modo, com o lançamento deste título, abre-se nova oportunidade para que trabalhadores e gestores do SUS, estudantes, docentes e pesquisadores da saúde pública, e participantes dos movimentos sociais e órgãos de controle social da saúde tenham acesso a uma das publicações recentes mais completas sobre a saúde em nosso país. Os seis capítulos do livro – que refletem os seis artigos do número temático – abordam o SUS; a saúde materno-infantil; doenças infecciosas; doenças crônicas não transmissíveis; violências; e inovações nas políticas de saúde.
Saúde no caminho da roça traz sólida base de referências bibliográficas ao mesmo tempo em que se assenta em conhecimentos validados pelas experiências profissionais e pessoais cotidianas dos autores. Foi pensado como instrumento para o “fazer rural” e formação das equipes de saúde nos diferentes contextos brasileiros, com ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS) e foco ampliado para além da tradição acadêmica e científica, majoritariamente urbanas. O livro foi organizado por Leonardo Cançado Monteiro Savassi, Magda Moura de Almeida, Mayara Floss e Monica Correia Lima e faz parte da nova Coleção Fazer Saúde, lançada em 2018 pela Editora Fiocruz. As discussões trazidas aqui são fruto da história do grupo de trabalho criado no âmbito da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que buscam contribuir com a qualificação dos processos de trabalho e a formação de recursos humanos em contextos rurais. A publicação cumpre seu objetivo de provocar a reflexão e instrumentalizar os profissionais da saúde que, mesmo com uma formação geralmente voltada para os centros urbanos e para a doença, aceitam o desafio de cuidar das populações rurais e se fixar no interior. Uma leitura pertinente para todos os interessados no aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, onde a população que mais necessita tem menos acesso aos serviços.
Queremos todos viver com saúde. Mas será que nosso cotidiano é, de fato, saudável? Abusamos do álcool? Somos excessivamente estressados? Não dispensamos o cigarro? Como está nossa alimentação e o sono? Qual nossa relação com vacinas e remédios? E o que dizer de check-ups e vitaminas? Costumamos nos exercitar? O clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da USP, aborda todas essas questões com muita informação, bom senso e uma dose generosa de bom humor. “Neste livro, existem dúvidas e soluções dadas pela Medicina que poderão fazer com que você viva mais e melhor. Afinal, a saúde permeia todas as nossas atitudes diárias.” “Tabagismo é uma doença, uma pandemia e a maior causa de mortes e adoecimento evitável do mundo. Metade dos tabagistas morrerá devido ao cigarro.” “Poucas ações na História tiveram tanto impacto para reduzir mortalidade quanto a vacinação. Seu custo-benefício é fantástico.” “Comemos muito mais do que precisamos,além de comer errado.
Saúde Paideia é um texto de ação. Uma coletânea escrita na e para a situação de gestão. Alguns textos mais prescritivos, outros mais analíticos, todos contêm a marca do compromisso com o fazer acontecer. Textos nascidos do encontro com a experiência e na experimentação.
Em um momento de discussão sobre a maioridade penal no país, bem como de divulgação de dados do Ministério da Justiça mostrando que quase metade da população carcerária nem sequer foi julgada, um livro sobre a garantia do direito à saúde das pessoas privadas de liberdade torna-se bem-vindo. O livro é fruto de uma pesquisa avaliativa com variados segmentos da comunidade prisional – trabalhadores, administradores, visitantes e, inclusive, ex- presidiários – ao longo de mais de um ano, cujos resultados subsidiaram a formulação da atual Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. O autor destaca o papel da proteção à saúde no SUS em um cenário marcado por superlotação e insalubridade, para além da prevenção de doenças ou mesmo da promoção e recuperação da saúde. Essa obra pioneira sobre saúde penitenciária no Brasil demonstra a importância da intersetorialidade na construção de políticas públicas.
Este livro se dirige aos estudantes de saúde pública, bem como aos que integram cursos profissionalizantes. Seu conteúdo apresenta linguagem objetiva, e traz capítulos que expressam conhecimentos da moderna saúde pública. O livro segue a linha doutrinária
Sarah Escorel dá uma importante contribuição à memória da saúde pública nacional, infelizmente muito curta, apesar do trabalho executado por personagens com um quê de heróicos, como os apresentados neste livro. O controle da tuberculose, as campanhas de erradicação da malária e da febre amarela e a organização do Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde Pública sob o comando de Gustavo Capanema.
Este livro procura discutir a promoção da saúde tomando como base o conceito de biopoder. Trata-se de um poder sobre a vida, que se exerce por meio da regulação dos corpos, instituindo-lhes formas de existência de fora para dentro, e desse modo estabelece um controle sobre eles a biopolítica. No entanto, há um tipo de biopolítica que pode ser exercida pelos próprios sujeitos. É a partir deles que se produzem formas alternativas de visa, expressão das suas singularidades, e que encontram em si mesmos a potência para uma nova saúde. Este livro põe no centro do debate algumas questões com as quais procura problematizar o campo – a promoção da saúde se propõe a regular os modos de vida? Ou sugere a produção de novos sujeitos e formas singulares de viver? Portanto é entre a ideia de uma padronização da vida, e outra qua acolhe a diferença que este livro tenta problematizar o campo mediante o estudo de programas de Promoção à Saúde desenvolvidos na Saúde Suplementar.
Livro reúne mais de uma dezena de artigos de importantes pesquisadores nacionais sobre diferentes temas: Atenção Primária à Saúde; disponibilidade de novos produtos; aspectos jurídicos, acesso; transparência; indicadores de qualidade; tecnologia e telessaúde; uso de dados; desperdícios no setor e vários outros. Tudo com o objetivo de compreender o atual momento e os desafios impostos e, assim, apontar alguns indicativos para onde se caminha.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.