Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A aposta na mudança da Clínica é central nessa pesquisa-intervenção que analisa modos de organizar as redes de atenção, buscando apresentar um conjunto de questões que dizem respeito às relações entre subjetividade e gestão em saúde. Ao mesmo tempo, revela os obstáculos à implementação de processos de mudança nas organizações, as dificuldades para se avançar na democratização do Sistema Único de Saúde (SUS).
O psiquiatra, em sua prática clínica, depara constantemente com situações terapêuticas complexas. Entre essas situações, há os pacientes com quadros refratários aos tratamentos convencionais ou com comorbidades que requerem conhecimentos aprofundados de terapêutica, de medicina geral e de interações medicamentosas para uma abordagem adequada.
Resultado da chamada pública Coletâneas Temas Inovadores, promovida pela Editora Fiocruz, o livro reúne pesquisadores do Brasil e do exterior em uma análise crítica, interdisciplinar e transnacional das trajetórias de refugiados do nazismo que encontraram exílio no Brasil. A coletânea investiga os impactos desses deslocamentos forçados nas ciências, na cultura e nas instituições brasileiras.
Esta obra pretende apresentar os pressupostos teóricos e os resultados de uma pesquisa sobre os condicionantes da regionalização da saúde nos estados brasileiros. O trabalho permite apreender a dinâmica de funcionamento das instâncias federativas em âmbito estadual e suas interações com os processos de organização político-territorial do sistema de saúde. As análises apresentadas bucam sugerir dilemas e desafios para as políticas de saúde em sua interface com a região, o federalismo e o modelo de desenvolvimento socioeconômico no Brasil.
A obra produzida na UFG resulta do curso de Especialização Regulação em Saúde, sob coordenação da Faculdade de Enfermagem, e reúne estudos promovidos em conjunto com o Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Estado e secretarias municipais de saúde de diversas cidades goianas
Este livro tem como objetivo primordial escutar e valorizar a voz daqueles que passaram por estas experiências radicais de visita aos campos do sem-fundo. Você, leitor, poderá acompanhar, em vários dos corajosos depoimentos reunidos aqui, os passos tortuosos, difíceis, mas firmes de várias pessoas que as têm vivido, revelando os caminhos trilhados e as conquistas.
Integrando a coleção Dois pontos, Relações raciais conta com artigos dos pesquisadores Guilherme Marcondes e Luiz Augusto Campos, em que discutem a temática a partir de duas obras: Marcondes parte das obras da artista capixaba Kika Carvalho (Emi fé è) e analisa a “afroespeculação” pela qual artistas e intelectuais negras e negros imaginam outras possibilidades de vida para seus corpos. Já Campos discute a condições de pardo no romance Marrom e amarelo, de Paulo Scott, explorando os paralelos entre a sociologia da raça e a literatura, trabalhando com as noções de ambiguidade do pardo que marca a história e a cultura brasileiras.
Definitivamente, o Brasil não é para cardiopatas. Assim, Rômulo Paes-Sousa reflete a respeito dos últimos anos, em seu livro de estreia como cronista: “Relâmpagos e Tempestades – Crônicas de anos muito perigosos”. A obra reúne textos de sua autoria, que foram posts sobre momentos tão emblemáticos (quanto dramáticos) da recente história da democracia brasileira e, mais recentemente, da pandemia do novo Coronavírus. Dono de uma escrita sofisticada e de um olhar cirúrgico, suas crônicas impressionam pela precisão com que anteviram o desenrolar da política do país. Paes-Sousa se destaca por sua capacidade assertiva, aguçada e ponto de vista orgânico. Este é um precioso relicário, compilado a partir de suas missivas, outrora restritas a um seleto círculo de amigos. Sorte a nossa, que poderemos lê-las, enquanto aguardamos dias ensolarados.
À medida que a democracia brasileira enfrenta uma crise de legitimidade, crescem as divisões políticas entre cidadãos católicos, evangélicos e não religiosos. O que causou a polarização religiosa na política brasileira? A política religiosa fortalece ou enfraquece a democracia? Religião e a democracia brasileira – Dos bancos das igrejas para as urnas usa anedotas envolventes e se baseia em uma riqueza de dados de pesquisas e experimentos de pesquisa com clérigos, cidadãos e legisladores, para explicar as causas e consequências das “guerras culturais” do Brasil. Embora os partidos políticos criem conflitos de guerra cultural em democracias estabelecidas, no fraco sistema partidário do Brasil, os líderes religiosos, em vez disso, geram divisões. O clero alavanca a política legislativa e eleitoral estrategicamente para promover seus próprios objetivos teológicos e ajudar seus grupos religiosos a competir. No processo, eles geralmente lideram políticos e congregados. Em última análise, a política religiosa empurra a política brasileira para a direita e fragmenta ainda mais os partidos. No entanto, Religião e a democracia brasileira também demonstra que a política liderada pelo clero estabiliza a democracia brasileira e aumenta a representação.
Esta coletânea é resultado do Seminário Religião e Sexualidade Convicções e Responsabilidades, organizado pelo Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos/CLAM, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Estudos da Religião/ISER, em outubro de 2003. O formato desta publicação corresponde às exposições e debates do seminário.
Neste livro, são abordadas as dimensões relacionadas à Enfermagem, profissão que é tão nobre e, ao mesmo tempo, ainda tão estereotipada. Será que, no contexto hospitalar, a Enfermagem reconhece as suas atividades e suas tarefas como uma prática cidadã? Por que uma profissão de valor social inegável permanece com sua grandeza oculta por tanto tempo? Quais são os valores que permeiam o reconhecimento da soberania da profissão? Essa obra busca esclarecer para a nossa sociedade quem é realmente o profissional de Enfermagem, a fim de propiciar uma visão menos alienada e mais verdadeira da Enfermagem e promover a luta por mais reconhecimento dessa profissão e dos seus profissionais. Vamos gritar para o mundo que o homem não pode e nunca poderá viver sem a Enfermagem, sem os enfermeiros-anjos que compõem a equipe de uma das mais belas e brilhantes profissões do planeta Terra.
Como podemos refletir sobre o lugar que a mídia ocupa nas configurações das representações de saúdes e doenças? Diante dos muitos desafios e debates levantados pela pandemia do novo coronavírus, a proliferação da cobertura midiática de saúde passou a assumir um papel de grande importância no cotidiano global. É nesse contexto que Igor Sacramento e Wilson Couto Borges, pesquisadores e professores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), lançam Representações Midiáticas da Saúde.
A ideia do livro Reprodução assistida e relações de gênero na América Latina, surgiu a partir do Grupo de Trabalho número 34, da última Reunião de Antropologia do Mercosul, realizada no Uruguai em 2015. A ocasião permitiu uma reflexão que impôs às organizadoras o desafio de sistematizar e atualizar o debate em torno de um conjunto de questões que vêm se modificando com as tecnologias conceptivas em reprodução assistida e com as tecnologias de preservação da fertilidade. A relevância desta iniciativa reside no fato de persistir, apesar de iniciativas nesta direção, uma quase ausência reflexiva nos espaços diversos da sociedade e, particularmente, na academia, na qual sempre emerge secundarizado em relação às demais problemáticas relacionadas à experiência reprodutiva. Do ponto de vista público falar sobre reprodução humana parece ser assunto secundário. Dificilmente os discursos em torno das práticas, ou do tema, se conectam aos desafios demográficos, sanitários, de cuidado, de políticas públicas ou aos desafios e controvérsias legislativas a estes relacionados. Tampouco apresentam conexões com os arranjos familiares necessários ao processo de tratamento, ou com as discussões no campo da sexualidade, da bioética, da filiação, do parentesco, do direito, das políticas públicas e ou das próprias pesquisas dos profissionais das clínicas e dos pesquisadores de diferentes áreas. Somando-se a estas as relações com a indústria farmacêutica, da circulação de gametas, úteros e embriões. Isto significa que o tema da reprodução e do desejo de filhos, de casais homossexuais e heterossexuais e das pessoas solteiras que querem ter filhos, parece configurar-se, ainda hoje, como de foro privado e íntimo, ainda que as pesquisas no âmbito das ciências sociais já tenham indicado sua relevância social e apontado as dimensões éticas, políticas, econômicas e socioculturais implicadas.
A revolução digital está causando impactos tão profundos sobre a humanidade quanto em outra era causou a Revolução Industrial. O que chamamos de capitalismo tem as suas raízes na industrialização, que envolveu transformações nas técnicas e nas relações sociais de produção, com o trabalho assalariado e o lucro do capitalista, além de um marco jurídico centrado na propriedade privada dos meios de produção. Com a revolução digital ,que envolve uma expansão radical das tecnologias, bem como a generalização da economia imaterial, a conectividade global, o dinheiro virtual e o trabalho precário, a própria base da sociedade capitalista se desloca. Em particular, a apropriação do produto social por minorias ricas, porém improdutivas, já não exige geração de emprego e produção de bens e serviços na mesma escala; ela passa pela intermediação do dinheiro, do conhecimento, das comunicações e das informações privadas. Onde a fábrica imperava, hoje temos as plataformas em escala planetária, que exploram não só as pessoas — através do endividamento, por exemplo, mas também as próprias empresas produtivas, por meio dos dividendos pagos a acionistas ausentes (absentee owners). O presente estudo se concentra precisamente nas transformações ocorridas naquilo que chamamos de modo de produção capitalista. A atividade industrial permanece, sem dúvida, como permaneceu a atividade agrícola diante da Revolução Industrial; mas o eixo de dominação e controle já não está nas mãos dos capitães da indústria, e sim nas de gigantes financeiros como BlackRock, de plataformas de comunicação como Alphabet (Google), de ferramentas de manipulação como Meta (Facebook), de intermediários comerciais como Amazon.(...)
A inclusão social de doentes mentais em serviços substitutivos à internação em hospital psiquiátrico é tomar consciência das inúmeras dificuldades que a população atendida vivencia neste processo e é, também, uma fonte de sofrimento para os profissionais, o que fica evidente quando o Doutor Cesar Augusto Trinta Weber, com seu talento, descreve os Residenciais Terapêuticos: O dilema da Inclusão Social de Doentes Mentais. Ao mesmo tempo, visualiza-se a possibilidade de constituir espaços onde se possa minimizar o sofrimento vivenciado com este contato muito imediato com as circunstâncias que produzem adoecimento. Com efeito, estudos têm apontado que estratégias educativas e terapêuticas são eficazes no sentido de acolher questões entendidas enquanto necessidade de enfrentamento potencializada através da reflexão sobre atividade cotidiana. Se, por um lado, isso é compreendido como a necessidade de mudança de atitude, por outro a própria diversificação das estratégias de assistência exige um processo de desenvolvimento profissional que não se observou estar sendo realizado de forma sistemática.
Escrita a partir de uma bem-sucedida experiência desenvolvida com 1.923 adolescentes cariocas, esta obra tem como objetivo mostrar a capacidade dos jovens de lidar de maneira positiva com as adversidades da vida, como perda de pessoas queridas e violência. Essa capacidade de superação dos problemas é denominada resiliência. Entre os temas abordados neste livro, destacam-se a importância do apoio da família e do meio social no enfrentamento dos momentos difíceis e a capacidade potencial que todas as pessoas têm para desenvolver a resiliência em maior ou menor grau.
Responsabilidade Individual Frente às Mudanças Climáticas Globais objetiva compreender o papel da participação do consumo individual no fenômeno global climático. Para tal, busca por um conceito de responsabilidade que reconheça a contribuição antropogênica no processo de alterações climáticas e igualmente satisfaça aos nossos anseios morais por uma concepção de justiça cosmopolita.
O objetivo deste livro é contribuir para a ampliação do campo de percepção e de consciência crítica dos gestores de saúde, dos líderes empresariais e dos estudiosos pesquisadores sobre o papel da responsabilidade social e ética em saúde, diante da complexidade de se administrarem organizações na área da saúde. O papel da responsabilidade social, da ética e dos valores humanos, bem como o conceito de governança corporativa em empresas de saúde são alguns dos pontos abordados neste livro.
Este trabalho propicia uma rica análise sobre o processo de institucionalização da questão ambiental no Brasil, a partir do estudo de um dos maiores e mais emblemáticos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. Entre a redenção socioeconômica do Nordeste e do Semiárido e a condenação à morte do Rio São Francisco, o debate público se apresentou de modo acalorado entre os que se posicionaram a favor e contra à sua realização.
A reflexividade, tema que perpassa toda a obra de Bourdieu, é posta em foco neste livro. Este livro reúne textos de Pierre Bourdieu sobre a necessidade de uma ciência social reflexiva, ou seja, que analisa a si mesma e seus métodos. É uma leitura essencial para aqueles que buscam uma ciência crítica, consciente de seus limites e capaz de contribuir para a transformação social.
Retorno ao ventre é um apelo a todos nós. Depois de terminar a leitura me vi relembrando as emoções que senti caminhando por essas páginas. A dor e o conforto, sempre a passos leves, mesmo num terreno muito espinhoso. Mas o que não faltou nessa estrada foram raízes fortes e profundas. Jr. Bellé não teve medo de mergulhar na terra. Sua poesia fala de passado, mas inextricavelmente de presente, já que o hoje está amarrado ao ontem, assim como a história do Sul do Brasil não se separa da história Kaingang. É necessário voltar.
Livro que apresenta abordagens inovadoras em saúde mental e atenção psicossocial. Publicada originalmente em inglês, há quase 15 anos, a obra Dialogical Meetings in Social Networks Karnac Books, 2006 ganha, pela primeira vez, uma tradução para o português. Escrito pelos professores finlandeses Jaakko Seikkula e Tom Erik Arnkil, o título recebeu, na versão brasileira tradução de Vera Ribeiro, a revisão técnica de Paulo Amarante e Fernando Freitas, pesquisadores titulares da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Ensp/Fiocruz. Eles enfatizam a importância da chegada do volume que já foi traduzido em mais de 15 idiomas ao público brasileiro, e reforçam o caráter inovador da obra em um contexto em que a reforma psiquiátrica no país ganha novas dimensões. O livro chega num momento muito importante em que nós estamos redefinindo e repensando a atenção em saúde mental e a atenção psicossocial, fundamentalmente para aquelas pessoas denominadas com psicose, afirma Paulo Amarante
Um "movimento de pessoas" lutando por mudanças na maneira de olhar o paciente, a medicina e a política no setor. Uma verdadeira Reviravolta na Saúde, começada no movimento estudantil, no interior de movimentos médicos e na própria academia. Sarah Escorel detalha o início do movimento sanitário no Brasil, a partir do governo Figueiredo. Para isso, utilizou não somente documentos, mas depoimentos. É a história contada pelos próprios atores.
Em 1888, a vitória da causa abolicionista, materializada por uma lei imperial, ajudou a propalar a mitologia histórica de que a libertação dos escravizados ocorreu sem lutas e derramamento de sangue. Os ensaios reunidos por João José Reis e Flávio dos Santos Gomes neste livro comprovam justamente o contrário. Embora a história dos quilombos já possua bibliografia ampla e bem estabelecida, as revoltas e conspirações nas senzalas, modalidade mais aguda e violenta da resistência negra, têm sido menos estudadas e compreendidas. Até a abolição, milhares de cativos e cativas se irmanaram para protestar e, na maior parte dos casos, resistir violentamente contra a tirania escravista.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.