Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O livro é o resultado de debates e reflexões teóricas de pesquisadores brasileiros e britânicos sobre a negritude e etnicidade no Brasil e em outros países latino-americanos. A coletânea de textos restaura questões presentes em torno dos conceitos que permeiam a discussão sobre raça e consciência étnica, dialogando com temas como o fenômeno da construção de diferenças, genética, racismo e ativismo negro.
Uma jornada pela história do Brasil através do traço definidor da nossa sociedade ao longo dos séculos (do período colonial aos nossos dias): o racismo. Tendo como alguns de seus personagens figuras como Luiz Gama, Monteiro Lobato, Getúlio Vargas e Marielle Franco, este é um livro fundamental para uma compreensão mais profunda da nossa formação. Como resume a autora: "A história do racismo no país é a própria história do Brasil".
Às vésperas da defesa que marcou o coroamento desse trabalho fundamental para os nossos dias, Marielle Franco e Anderson Gomes eram assassinados. No caminho ao aeroporto para minha participação na banca na Universidade Federal de Uberlândia, passo pela Cinelândia lotada por manifestantes, protestando diante desse terrível fato. Quis descer e, lá, com eles, mostrar meu assombro e minha revolta. Percebi então que estava eu também a caminho de um ato público, em que uma mulher preta iria defender sua pesquisa que trata, justamente, do genocídio do povo preto.
Ao longo do século XIX, em diferentes partes do mundo, abriu-se um limitado, mas inédito espaço de ascensão social para quem vivia às margens da sociedade, como negros e judeus. Neste livro singular e emocionante, o historiador Leo Spitzer estuda as experiências das famílias Rebouças, May e Zweig, a primeira, afro-brasileira no Brasil escravista; a segunda, africana na Serra Leoa ocupada pelos ingleses; a terceira, judaica em uma região da Europa marcada pelo antijudaísmo.
Esta obra aborda a relação entre o racismo e a luta de classes na América Latina. Tem como objetivo central apontar o racismo como um determinante da superexploração da força de trabalho neste território. Pretendeu-se evidenciar que a permanência da negação ontológica do negro e do indígena é fundamental à reprodução das relações sociais capitalistas na América Latina: por suas origens coloniais e escravistas e, sobretudo, devido ao caráter dependente do capitalismo que aqui se desenvolve. Com base no materialismo histórico dialético e no pensamento social crítico latino-americano, buscou-se na formação econômica e social da América latina e, de maneira mais aprofundada, do Brasil - os elementos estruturantes que instituem e requerem a latente reprodução do racismo; almejando ir além da constatação das suas expressões para evidenciar a essência das contradições que o sustentam e são sustentadas por ele
A ideia central do livro do Professor Dennis de Oliveira é discutir o racismo para além dos comportamentos preconceituosos. A obra articula o conceito de racismo estrutural a totalidade histórico-social expressa concretamente pelas dinâmicas das relações sociais no capitalismo em sua etapa de acumulação flexível em um país da periferia global do capitalismo como o Brasil.
Neste volume da coleção Feminismos Plurais, pela primeira vez, a relação entre racismo e humor é aprofundada. Por um ponto de vista jurídico, o advogado, doutor em Direito, Adilson Moreira esmiúça os conceitos de racismo e injúria racial, explicitando o viés racista da Justiça brasileira quando sentencia que produções culturais, como programas humorísticos, que reproduzem estereótipos raciais não são discriminatórias por promoverem a descontração das pessoas.
Entre 2001 e 2010, a ativista e feminista negra Sueli Carneiro produziu inúmeros artigos publicados na imprensa brasileira. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil reúne, pela primeira vez, os melhores textos desse período. Neles, a autora nos convida a refletir criticamente a sociedade brasileira, explicitando de forma contundente como o racismo e o sexismo têm estruturado as relações sociais, políticas e de gênero.
De forma inusitada, este livro possibilita reconstruir e alargar histórias do campo psicanalítico, da saúde mental e da luta antirracista. Ele inscreve uma história científica e política na qual a presença negra é fundadora, decisiva. Nesse sentido, as iniciativas de Juliano Moreira, Virgínia Bicudo, dona Ivone Lara, Lélia Gonzalez, Neusa Santos, Diva Moreira, Sônia Barros e Maria Lúcia da Silva dão lastro para o que produzimos hoje. Como guardião e memória de parte da história negra, torna-se uma leitura permanentemente à disposição, na qual alinhavar histórias, entrever continuidades e convergências entre essas personalidades torna-se vital e vitalidade. Vitalidade porque possibilita aprendizado para todes.
Podem existir, de fato, turmas homogêneas? É possível produzir uma igualdade universal de seres humanos e promover igualdades universais para eles? O que dizer sobre a condição das diferenças entre os seres humanos? Que problemas encontramos no campo temático da inclusão que se coloca como divisor de águas no tempo e no espaço em que imigramos para uma educação de todos e para todos? E o que a diferença tem a ver com os processos educacionais dialógicos e inclusivos? Estes são alguns dos questionamentos que esta obra discute para além daquilo que já se encontra posto na esfera social. São desassossegos que demandam o re-inventar da inclusão no processo de ensinar e aprender da turma toda.
Da primeira revolução psiquiátrica a pineliana de 1793 -, que substituiu a metáfora possessão pela metáfora doença passando pela segunda, a das comunidades terapêuticas dos anos 1930, e pela terceira, a da psiquiatria comunitária ou psicofarmacologia do Pós-Guerra, talvez estejamos vivendo a quarta revolução da psiquiatria, quando a metáfora doença vai sendo substituída por outra igualmente complexa identidade. Já não está em relevo a exuberância dos sinais e sintomas equacionados pelas neurociências, mas os modos de viver a vida de pessoas doente sim, com limitações que muitas vezes, entretanto, seguem com seus contratos afetivos e sociais a cumprir. Este livro fala da reabilitação Psicossocial, à brasileira, como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa com inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas intersubjetivas e são também espaços de exercícios de cidadania ativa.
Reatando um fio interrompido: a relação universidade-movimentos sociais na América Latina” se aproxima da inspiração do movimento reformista de Córdoba (1918) ao olhar para atuação de pesquisadores(as)-extensionistas nas fábricas recuperadas, na agroecologia e na habitação popular. Ao mesmo tempo, o livro de Henrique Tahan Novaes se distancia da extensão universitária assistencialista e autoritária que impõe às classes populares uma forma de compreender o mundo e de desenvolver ciência e tecnologia. Este livro é parte do esforço do autor de encontrar, em meio aos escombros, as possibilidades de construção de alternativas tecnológicas para uma possível e desejável sociedade para além do capital.
Um livro valioso, que analisa com clareza o papel fundamental dos recursos humanos para a saúde e o desenvolvimento, bem como o contexto e o impacto da reforma sanitária e a relação entre as iniciativas internacionais, nacionais e locais em prol da mudança dos serviços de saúde. Além de examinar os antecedentes e os principais atores da área de recursos humanos e explicar com detalhes as negociações que visavam transformar em prioridade nacional a formação de recursos humanos e a distribuição dos trabalhadores de saúde no território, Recursos Críticos está apoiado em uma sólida pesquisa bibliográfica, testemunhos fascinantes e análise original, que fazem da obra uma contribuição significativa no campo da memória da saúde pública e uma ferramenta indicativa de perspectivas de futuro para trabalhadores na área da saúde. É uma pesquisa histórica de grande qualidade, voltada para a análise da cooperação Opas-Brasil, e um incentivo à realização de novos estudos sobre as interfaces entre a atuação de agências internacionais e os interesses nacionais, partindo do conceito de arenas ou espaços de negociação.
Passo a passo da pesquisa científicaFases da redação do artigo científicoComo redigir com proficiência um texto científicoComo alcançar publicaçãoA submissão do artigo científico a um periódicoA análise dos pareceristasO cuidado com a linguagem“Se você tem em mãos Redação de artigos científicos, de João Bosco Medeiros e Carolina Tomasi, é porque conhece – ou sentiu a necessidade de conhecer – as dores e as delícias do artigo. Não se preocupe, este livro vai ajudá-lo não só a escrever artigos, mas a ter uma visão atual, crítica e consequente sobre o papel do artigo na divulgação científica” (Jean Cristtus Portela).APLICAÇÃORecomendado para as disciplinas METODOLOGIA CIENTÍFICA e METODOLOGIA DE PESQUISA de cursos de graduação. Indicado para pós-graduandos e pós-graduados que têm em vista produzir artigos científicos e alcançar publicação em periódicos.
Um eficiente (e complexo) processo de conservação, armazenamento e distribuição - denominado rede de frio - garante a qualidade das vacinas que chegam às diversas salas de imunização do país. E este é um assunto de extrema importância, especialmente num contexto de ampliação das atividades do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que "requer dos profissionais constantes atualizações técnicas não somente sobre o imunobiológico, mas, também, a respeito de sua guarda e seu manuseio, da organização do sistema de vigilância e, especialmente, da organização e estruturação dos serviços, das fontes de recursos utilizadas etc.". Este volume "tem como objetivo proporcionar reflexões sobre conceitos e/ou práticas cotidianas inerentes aos serviços de saúde, no campo da rede de frio de imunobiológicos, instrumentalizando os profissionais com novos saberes e visão crítica no exercício de suas atividades".
Um eficiente (e complexo) processo de conservação, armazenamento e distribuição - denominado rede de frio - garante a qualidade das vacinas que chegam às diversas salas de imunização do país. A manutenção adequada da rede de frio é fator essencial para que se alcance o objetivo de imunizar as pessoas contra doenças infecciosas de grande relevância. Igualmente indispensáveis são a conscientização e a preparação dos profissionais encarregados da rede de frio, a quem esta obra especialmente se dirige. "É fundamental que a formação desses profissionais esteja em consonância com a proposta da vigilância em saúde, baseada na atenção básica e na reorganização das práticas sanitárias, com ênfase na integralidade do cuidado, sem perder o foco da importância do conhecimento técnico", afirmam as organizadoras. Este volume "destaca a necessidade do trabalho compartilhado e do planejamento para gestão eficiente da rede; ressalta o papel estratégico que o trabalhador da rede de frio desempenha nesse processo; e debate assuntos que vão desde o calendário vacinal até o gerenciamento dos resíduos resultantes das atividades desenvolvidas na imunização e na rede de frio de imunobiológicos".
A complexidade que envolve os aspectos sociais, ambientais e de saúde do Território de Manguinhos transforma a Rede PDTSP-Teias em exemplo programático de gestão eficiente de recursos financeiros e humanos voltados para a excelência no desenvolvimento de pesquisas de modo colaborativo entre gestores públicos, sociedade civil e academia. Os relatos das pesquisas apresentadas neste livro são apenas parte de uma gama extensa e resultados alcançados pelos pesquisadores e pela gestão da rede em uma longa e árdua caminhada no processo de desenvolvimento de todo o trabalho.
A regionalização da saúde com integração dos serviços assistenciais em redes é um dos desafios do Sistema Único de Saúde, desde sua criação. A integração sistêmica de serviços de saúde é uma necessidade reconhecida há muito tempo, basta lembrarmo-nos do Relatório Dawson que fazia essa proposição na Grã-Bretanha há mais de um século.
Propostas para melhorar a qualidade ambiental e de vida nas cidades através da estruturação e constituição das redes técnicas ambientais, enquanto estratégia metodológica para gestão das áreas verdes urbanas é o resultado da reflexão dos três temas principais presentes neste livro - espaço urbano, sustentabilidade urbana e redes técnicas, que foram estruturados nos capítulos do estudo apresentado.
Redes Vivas e Bolhas de Sabão é um escrito cartográfico de uma pesquisadora brincante em uma jornada de formação e transformação produzida no encontro com multiplicidades de viventes na construção de Redes de Cuidado em Saúde. É uma cartografia fruto de estudos de doutoramento, mas que vai além desses estudos pois remete ao modo de existir que começa do fervilhar das artes de quem dá seus primeiros passos ao som de frevo, maracatu e do carnavalizar nas ruas de Recife, capital de Pernambuco, no nordeste do Brasil. No decorrer da pesquisa, no encontro com as pessoas e processos, produziu-se a transformação da própria pesquisadora e de participantes desse estudo. O que nos uniu nesse caminho foi o cuidado compartilhado.
Este livro pretende fornecer exemplos de estruturas que incentivem a atenção à multidimensionalidade e à complexidade da vulnerabilidade de desastres. O livro também pretende promover o debate no Brasil e em todas as Américas sobre a vulnerabilidade aos desastres, analisando suas dimensões sociais, econômicas, ambientais, políticas, técnicas e institucionais.
Os artigos deste livro documentam as intensas lutas travadas por pessoas em todo o mundo contra as múltiplas formas de desapropriação às quais estão sujeitas. Na literatura esquerdista, tais lutas são, com frequência, descartadas como puramente defensivas. Mas essa visão está profundamente equivocada. É impossível defender os direitos comunais sem criar uma nova realidade, isto é, novas estratégias, novas alianças e novas formas de organização social. Uma mina é aberta, ameaçando o ar que as pessoas respiram e a água que bebem; perfurações são feitas em águas costeiras para extrair petróleo, envenenando o mar, as praias e as terras agrícolas; um bairro antigo é devastado para abrir espaço a um estádio — imediatamente, um novo perímetro é estabelecido. De um ponto de vista feminista, uma das atrações exercidas pela ideia dos comuns é a possibilidade de superar o isolamento em que as atividades reprodutivas são realizadas e a separação entre as esferas privada e pública, que tanto têm contribuído para esconder e racionalizar a exploração das mulheres na família e no lar.
Reflexões e Inovações na Educação de Profissionais de Saúde é o primeiro volume da Série Processos Educacionais na Saúde, cuja proposta é o estudo sistemático e ordenado de conclusões, experiências e inovações criadas a partir de iniciativas educacionais desenvolvidas por grupo de docentes em programas de graduação e pós-graduação na área da Saúde, no ambiente Sistema Único da Saúde - SUS. O trabalho é viva e expansiva expressão dos efeitos decorrentes que se iniciam a partir da interseção Educação e Saúde.
O que aconteceria se 30 pensadoras e pensadores das quebradas de São Paulo se reunissem para refletir sobre o atual momento e pensar propostas? O resultado é o livro “Reflexões Periféricas: propostas em movimento para a reinvenção das quebradas”. Fruto de uma longa pesquisa, o livro se divide em dez temáticas: cultura; gênero; habitação; participação popular; transporte; educação; infâncias; saúde; trabalho; violência, genocídio e racismo. Ao final, o texto nos apresenta um amplo painel dos dilemas e das potências das periferias, vividas, refletidas e escritas por quem está com os pés no chão e busca propostas concretas para nossa reinvenção.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.