Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Parcialmente inspirada na desconstrução sem ser "descontrucionista" tal perspectiva procura levar em conta tudo aquilo que compõe a exterioridade dos processos de comunicação para usar um conceito David Wellbery. Não é um livro de crítica literária ou de teoria da literatura e menos ainda de "estudos culturais" no sentido hoje tão em voga da expressão. não "representa" mas antes concretiza uma perspectiva nova e incomum na análise dos fenômenos culturais.
Há percursos e percursos! O percurso da Ana Marta Lobosque na Reforma Psiquiátrica Brasileira é vivido, cristalino, iluminado. Ana Marta nos oferece esse percurso com uma rara generosidade: articula histórias, emoções, aprendizados. Ana Marta tem tanta maestria que consegue tornar-se novamente uma aprendiz. Qualidade rara. Qualidade de gente sabia. Quem sabe, também uma virtude da prosa mineira. Entre memorias, experiências e reflexões críticas sobre a prática contemporânea Ana Marta tece laços, qual bordadeira, enlaça, encoraja, compartilha e articula com arte e beleza. Nossa Coleção SaúdeLoucura se orgulha imensamente de ter Intervenções em Saúde Mental entre nós!
Mestre e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo, o babalorixá Sidnei Nogueira apresenta um histórico da intolerância religiosa no Brasil, lembrando também de momentos importantes da história da humanidade marcados pela dominação religiosa, como o Império Romano, Idade Média e Nazismo. A partir daí, discute a expressão "intolerância religiosa", utilizada atualmente para descrever um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças, rituais e práticas religiosas consideradas não hegemônicas. Práticas que, somadas à falta
Este livro apresenta metodologias para avaliação que combinam a firmeza no uso de conceitos lógicos com a sensibildiade para as questões sociais e filosóficas que cercam o tema.
Introdução à Bioestatística, escrito e organizado pela professora Sonia Vieira, chega à sua sexta edição, revisto e ampliado com base na literatura mais recente sobre o tema, de modo a prover conteúdo relevante e atual para estudantes de diversas áreas e atualização concisa para cientistas e profissionais que precisam interpretar resultados estatísticos.Com o crescimento da atividade científica e o progresso tecnológico, as ciências da saúde recorrem cada vez mais à Estatística para realizar análises de fenômenos biológicos. Entretanto, a condução e a avaliação de uma pesquisa dependem, em boa parte, do conhecimento do pesquisador sobre as potencialidades e as limitações das técnicas estatísticas utilizadas. Esta obra aborda conceitos teóricos de modo didático, acompanhados por muitos exemplos e exercícios que demonstram como interpretar os resultados estatísticos e enfatizam as indicações e restrições das técnicas utilizadas. Os exemplos, em sua maioria, podem ser acompanhados, passo a passo, com pouco trabalho de cálculo, que pode ser feito à mão ou com o auxílio de uma calculadora, sem excluir o uso do computador, pois são fornecidas as saídas de diferentes pacotes estatísticos. Sem dúvida uma literatura indispensável para orientar profissionais, pesquisadores e acadêmicos nesta área do conhecimento.?
Mais um volume da coleção INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA, que foi concebida para ser utilizada na formação de psicólogos, a INTRODUÇÃO À EPISTEMOLOGIA apresenta o estudo dos grandes temas epistemológicos, o que constitui condição indispensável para uma boa formação científica.
As preleções da década de 1920 possuem todas um papel central na compreensão do projeto filosófico de Heidegger. Introdução à filosofia, porém, não é apenas uma entre outras preleções. O livro encerra em si uma riqueza temática que raramente se encontra mesmo nas obras de Heidegger. Exatamente por isso, sua leitura tende a promover naturalmente uma abertura de horizontes e perspectivas em relação ao pensamento heideggeriano. Além disso, o título do livro possui uma ambigüidade digna de nota. O livro não nos introduz na filosofia por meio da veiculação de um conjunto de informações que vão paulatinamente permitindo a reconstrução dos grandes problemas da história do pensamento filosófico. Introdução significa aqui convite à participação na vida da filosofia.
Diante dos desafios causados pela emergência da Covid-19, a epidemiologia passou a ser uma área ainda mais em voga frente às necessidades de enfrentamento da pandemia. A promoção da saúde, o controle de doenças e seus vetores, o processo saúde-doença em diferentes contingentes populacionais são temas que viraram parte dos debates públicos em meio à crise global.
Esta obra traz uma visão de pesquisa e um modelo de pesquisa simples, porém robusto, e depois usa o modelo para orientar o planejamento de pesquisas empíricas quantitativas, qualitativas e com métodos mistos nas ciências sociais. Nesse processo, enfatizamos a necessidade de desenvolvimento de perguntas empíricas genuínas e descrevemos as conexões entre conceitos e seus indicadores empíricos. Depois demonstramos a implementação desse modelo na pesquisa qualitativa e quantitativa. A respeito dos motivos, a intenção é expor a lógica de todos os estágios do processo de pesquisa empírica (seja qual for a natureza dos dados) e sugerir uma base para os alunos planejarem e desenvolverem a pesquisa imediatamente. Como antes, então, tento enfatizar a lógica que subjaz à pesquisa e suas técnicas, e não questões puramente técnicas. Um dos objetivos ao fazê-lo é “desmistificar” o processo de pesquisa e, quando necessário, simplificá-lo, tentando demonstrar claramente a lógica subjacente; portanto, mostrando que uma pesquisa de qualidade está ao alcance de muitas pessoas.
Em relação a políticas públicas, a sociedade contemporânea se comporta de duas maneiras distintas: pode ser mais esclarecida e participante, solicitando melhores resultados da gestão pública na solução de seus problemas, ou assiste estarrecida aos fatos que envolvem os desvios em torno da gestão pública. Entender como se articulam as variáveis, explícitas ou implícitas, na formulação, na execução e na avaliação das políticas públicas, é uma necessidade urgente. Este livro propõe olhar os acontecimentos recentes, da perspectiva do conhecimento de políticas públicas.
A adolescência é o tempo da descoberta e da abertura de possibilidades; sua representação, contudo, nasce para sustentar os aparatos científicos e os discursos psicopedagogicos que a inventam, transformando-a no momento da doença e da incapacidade de aceitar o mundo "tal como ele é".
Por que, no Brasil, os cidadãos desconfiam dos políticos e, ao mesmo tempo, estão prontos a seguir um líder carismático? Que tipo de cidadania existe no Brasil? Ou melhor, como neste país se construiu um conceito de cidadania e uma experiência de democracia?
Audre Lorde é muitas e única. Mulher negra, poeta, lésbica e guerreira. Mãe e professora. Ativista e pensadora. Todas essas facetas coexistem em harmonia nos quinze ensaios de Irmã outsider , que dá sua contribuição como uma das mais importantes obras para o desenvolvimento de teorias feministas contemporâneas. O pensamento de Lorde é profundamente enraizado na experiência de estar fora do que chamou de “norma mítica” – branca, heterossexual, magra.
Os temas das histórias relatadas neste livro são familiares para a maioria dos leitores da região amazônica. Boto, Cobra Grande e Curupira, entre outros, são temas recorrentes no imaginário local. E são contados e recontados porque eles têm uma grande importância dentro do conjunto das crenças dos indígenas e moradores da Amazônia. As pessoas gostam e desejam ouvir e contar histórias, porque estas refletem a sua visão de mundo e ao mesmo tempo reforçam a memória local e os seus laços de pertença a um território e a uma comunidade. É interessante que tais histórias não são aprendidas na escola, mas todos as conhecem em algumas das suas variações.
Em 1993, dois anos após receber o American Books Awards, a educadora, crítica literária e aclamada pensadora do feminismo negro Gloria Jean Watkins (1952-2001), internacionalmente reconhecida pelo pseudônimo bell hooks, decidiu colocar no papel as experiências e reflexões inspiradas por um grupo de apoio de mulheres negras, as “Irmãs do Inhame”. O nome é carregado de significado. Inspirada em um trecho da obra Os comedores de sal, da escritora e ativista Toni Cade Bambara (1939-1995) – a quem presta homenagem na epígrafe –, o inhame é símbolo da “sustentação da vida”, da nutrição e do cuidado, e também das “conexões diaspóricas” para a comunidade negra. Assumidamente pensado como um livro de autoajuda direcionado para (mas não apenas) as mulheres negras e suas relações com o corpo, as relações afetivas e familiares, o trabalho, a educação, a vida comunitária, a busca pela paz interior, Irmãs do inhame vai muito além, e traz a essência de bell hooks: uma escrita amorosa e envolvente, que não nega a dimensão política do cotidiano, e combina um conhecimento profundo da literatura e da cultura negras com reflexões que passam pela filosofia, pela crítica cultural e pelo budismo, em especial a obra do monge vietnamita Thich Nhat Hanh (1926-2022). Para hooks, a processo de cura passa necessariamente pelo olhar compreensivo entre as “irmãs”, sem jamais esquecer do “universo mais amplo da luta coletiva”.
Os estudos sobre loucura, processo saúde/doença mental, reforma psiquiátrica, subjetividade e comportamento humano conformam um vasto campo de conhecimentos que tem sido objeto de inúmeras áreas de saber. A natureza das questões envolvidas fazem desse campo um dos mais interdisciplinares e complexos dos tempos atuais, tamanha a diversidade de disciplinas que dele se ocupam (antropologia, sociologia, história, filosofia, psicanálise, psicologia, dentre outros) e que, não obstante, requerem ainda permanentes rupturas nas fronteiras e territórios de tais saberes. No Brasil, principalmente nos últimos anos, tais estudos vêm merecendo uma atenção e um debate visivelmente crescentes. Não apenas nos centros acadêmicos, mas também no âmbito dos serviços e da cultura, na medida em que nosso país vem sendo palco de um dos mais importantes processos de transformação na área da saúde mental.
título deste livro não é um artifício linguístico. Neste novo trabalho, Giovanni Aciole traz Asclépios, referindo-se àquele que têm o domínio das doenças e a faculdade da cura de pacientes para discutir a clínica. Esta é trazida como prática de cuidado, desdobrada por autores que assim a propõem, como Emerson Merhy, a quem o livro é dedicado. Conversa com a medicina, mas, por tabela, com todas as profissões do cuidado, da cura e da escuta aos processos de adoecimento e restabelecimento. O assunto não é novo para o autor, mas ele aprumou a conversa; problematiza, sob vários ângulos, o preceder da clínica, identificando sua gestão na atenção de pessoas sob cuidado e na condução de sistemas e serviços por suposto cuidadores. Por trás das abordagens apresentadas, constata-se a vigência de políticas da clínica. Trata-se, portanto de uma obra de especial interesse a docentes e discentes: tabuleiro bem arrumado para pensar o acolher e atender
A revista Jacobin é uma voz destacada da esquerda mundial. Agora, em português, oferece um ponto de vista socialista sobre política, economia e cultura. Você pode adquirir o exemplar avulso ou dentro do nosso pacote de assinaturas com esta edição inclusa e a próxima que será lançada no primeiro semestre de 2022. “O ser humano vive da natureza. Isto significa que a natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do ser humano está associada à natureza não tem outro sentido do que afirmar que a natureza está associada a si mesma, pois o ser humano é parte da natureza.” — KARL MARX
Rios poluídos, embriões congelados, robôs, organismos geneticamente modificados - como compreender esses "objetos" estranhos que invadem cada vez mais o nosso mundo? Eles concernem à esfera da natureza ou da cultura? Até algum tempo atrás, as coisas pareciam simples: a gestão da natureza cabia aos cientistas e a gestão da sociedade, aos políticos. Mas essa partilha tradicional já se mostrou impotente para dar conta da "proliferação dos híbridos"; daí o sentimento de desconforto que estes nos causam e com o qual a filosofia contemporânea tem sido incapaz de lidar. Em Jamais fomos modernos, Bruno Latour arrisca uma hipótese inovadora: e se tivermos errado o caminho? E se reconhecermos que nossa sociedade "moderna" nunca funcionou de acordo com a divisão que funda seus sistemas de representação, a distinção drástica entre natureza e cultura? Na prática, nunca deixamos de criar objetos híbridos, que pertencem à natureza e à cultura simultaneamente. Publicado na França em 1991 e traduzido para dezenas de idiomas, este livro-manifesto, que defende mudanças radicais em nossas formas de compreender o mundo, tornou-se rapidamente um marco do pensamento contemporâneo e continua a abrir novos horizontes em múltiplos campos do conhecimento, da ação e da política.
O livro conta a história de João Cândido, marinheiro e líder da Revolta da Chibata. Ao seu comando, mais de três mil marinheiros tomaram o controle de quatro navios de guerra e ameaçaram bombardear a capital da República em um protesto contra os maus-tratos e a opressão.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública discute o grande desafio a ser vencido pela nossa sociedade. Isso, em razão de sua emergência, fator de desequilíbrio nos dois pratos da balança, um ao se apropriar de verbas, outro a disponibilizar essas verbas para a Saúde. Hoje, no Brasil, há cidadãos que buscam acesso de medidas judiciais a remédios e procedimentos caríssimos, alguns ainda nem aprovados pelas autoridades sanitárias. Suas ações são fomentadas por organizações escusas, que sob o manto da pretensa ilicitude praticada pelo Estado auferem lucros impensáveis. Esse é o prato da balança que produz o desequilíbrio. O outro é a óbvia carência de nossa população, à míngua de atendimentos médicos, muitas vezes emergenciais, e cujo necessário financiamento foi sequestrado pela judicialização. O livro é muito atual, pois bem reflete a iniciativa do CNJ – Conselho Nacional de Justiça –, que muito oportunamente criou um grupo para orientar e oferecer aos juízes informações técnicas de modo a dar consistência às suas sentenças. Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública apresenta 1 Autor, 15 capítulos, num total de 236 páginas.
O livro traz 17 artigos de diversos autores e apresenta um panorama sobre a chamada “judicialização da saúde”, por meio dos novos mecanismos de acesso ao Judiciário, além de concentrar esforços para entender as causas das controvérsias jurídicas, formas de solução de conflitos e como essa tendência de judicialização crescente impacta na existência e sustentabilidade do setor.
Livro de fundamental importância em meio aos debates mais atuais do cenário sociopolítico nacional, Judicialização de Políticas Públicas no Brasil levanta debates e contribuições para "a compreensão dos processos pelos quais nosso sistema de justiça tornou-se um protagonista da política e das políticas, bem como de seus impactos sobre uma gama variada de direitos individuais e coletivos", afirma a professora titular de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Marta Arretche. A obra reúne 12 artigos de juristas e especialistas nos campos das ciências sociais e política e do direito, dialogando sobre temas como as bases institucionais dos processos de judicialização das políticas públicas no país, além de casos e desafios ligados à judicialização, englobando o direito à saúde e à moradia, questões de política habitacional e preservação ambiental, renda, assistência social, aborto, educação, igualdade de gênero e união homoafetiva. No time de renomados pesquisadores que compõem os estudos apresentados no livro estão Conrado Hübner Mendes, Fabiana Luci de Oliveira, Rogério Arantes, Luciana Gross Cunha e a organizadora, Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política pela USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (PGPP/UFABC). Para o professor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Oscar Vilhena Vieira, a coletânea apresenta uma contribuição fundamental para melhor compreender o papel das agências de aplicação, impulsionadas por uma constituição de natureza transformadora, na determinação das políticas públicas no campo social.
A obra apresenta a trajetória de Júlio Emílio Braz, escritor brasileiro, nacional e internacionalmente premiado. Sua literatura, sobretudo infantojuvenil, discute importantes pautas da sociedade brasileira, em especial no que diz respeito à juventude negra. Ainda hoje, Júlio é escritor ativo e uma inspiração para todos aqueles que se aventuram no mundo da escrita.
O livro conta a história de Mário Juruna, líder indígena e político brasileiro. Ele lutou contra o Estatuto do Índio, que permitia que os indígenas fossem removidos de suas terras pelo governo, dedicando sua vida para proteger seu povo. Foi o primeiro indígena eleito Deputado Federal no país e pôde participar do pro- cesso de redemocratização, que colocou fim à Ditadura Militar. Como político, criou a Comissão Permanente do Índio.
Justiça Abortada apresenta uma das abordagens mais argutas sobre o papel desempenhado tanto pela medicalização da maternidade e da infância quanto pela repressão à contracepção - sendo aborto uma de suas estratégias - e infanticídio na inserção subsidiárias das mulheres no estado, na nação e na sociedade brasileiras dos finais do século XIX aos anos de 1930. A abordagem feminista, que mantém um olhar atento para a conjunção de gênero e raça, permite que Cassia Roth acompanhe a penetração dos mecanismos estatais, deslindando não apenas os discursos grandiosos e as políticas públicas grandiloquentes. Lança seu olhar para a capilarização dos mecanismos estatais no atendimento médico, nos tribunais, na abordagem policial e mesmo no mundo dos populares. Mulheres com ou sem filhos são chamadas a testemunhar suas adversidades. Optando pela contracepção ou praticando o infanticídio, primíparas ou de múltiplas gestações, casadas, solteiras ou amasiadas, se defrontaram com a ingerência de discursos e práticas pró-natalistas invasivas. O controle de seus corpos alimentou estratégias e resistências, que justificaram lutas persistentes. Maria Helena P. T. Machado Professora titular do Depto. de História da USP
Esta obra é uma contribuição inestimável para aqueles que estão comprometidos com a resistência ao modelo predador do capital, mas, principalmente, pretendem avançar na construção de uma sociabilidade baseada no resgate da genericidade humana e no convívio sem as marcas destrutivas do modo de produção capitalista, que esgotou todas as suas potencialidades progressistas e hoje só tem contribuído para nos levar à barbárie. Seu autor fortalece essa trincheira e, no seu campo imediato de intervenção, a saúde coletiva e a bioética, procura recrutar homens e mulheres para a luta por uma ordem social que permita a efetiva emancipação da humanidade.
Quais são e como são mobilizados os mecanismos jurídicos de responsabilização da polícia que mata? A alta letalidade nas ações policiais constitui uma realidade. O fenômeno é notório, o problema, dramático. Mas o que o direito tem a ver com isso? Buscando responder a essa pergunta, este livro se concentra nas dimensões jurídicas da letalidade policial. A intenção é propor uma nova perspectiva de investigação, do ponto de vista jurídico, para um tema já densamente estudado por pesquisadores e pesquisadoras no campo das ciências sociais, ativistas e militantes antirracismo. Em tempos sombrios, a pesquisa cumpre o papel fundamental de lançar luz sobre práticas consolidadas no país, desvendando aspectos não percebidos à primeira vista, ignorados ou invisibilizados.
A crise social que vivemos manifesta-se, em grande parte, como crise urbana, e as resistências ganham visibilidade nos espaços públicos. Os movimentos sociais lutam por um espaço democrático em que possam se exprimir e decidir sobre o uso dos bens comuns produzidos socialmente, exigindo a abolição de suas condições de exploração e opressão. As contradições que assediam a vida urbana apontam, desse modo, para uma crise que se origina na desigualdade. Assim, essa conjuntura coloca como questões centrais a justiça espacial e o direito à cidade. Oferecendo bases para se entender essas questões, os autores aqui reunidos, todos especialistas em Geografia, Urbanismo e áreas afins, explicitam a desigualdade e as contradições que fundamentam a produção do urbano a partir da metrópole e no horizonte da construção da sociedade urbana. Resultado do diálogo entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, esta obra contribui para o debate que foca o desvendamento da urbanização contemporânea.
Com nove capítulos assinados por autoras de referência nos campos da saúde, das ciências sociais e dos direitos humanos, a coletânea aborda temas como mortalidade materna, racismo obstétrico, esterilizações forçadas, experiências reprodutivas de homens trans e mulheres indígenas, além das violências institucionais sofridas por mães em situação de vulnerabilidade. O foco da publicação é evidenciar como desigualdades de gênero, raça, classe, deficiência e território impactam diretamente o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Este livro tem por objetivo trazer à luz as diversas questões relacionadas à justiça social na formação em saúde, que surgem no cotidiano das relações da comunidade acadêmica, nos seus arranjos pedagógicos, curriculares, políticos e educacionais, tais como desrespeitos, violências e autoritarismos. Um olhar empírico para se resgatar a razão de ser da universidade, mais comprometida, ética e socialmente justa.
Escrita pelo cientista político alemão Michael Heinrich, um dos maiores especialistas na obra de Karl Marx, esta biografia em três volumes promete ser o trabalho definitivo para compreender, de forma integrada, a vida e a obra do filósofo alemão. Com a missão de completar as insuficiências comuns nas outras biografias disponíveis e, inclusive, corrigir seus erros factuais, Michael Heinrich também se dispôs a escrever com franqueza, escapando das armadilhas que levaram muitos autores anteriores a tratar o biografado de forma a fundamentar uma imagem já existente, deixando muitas vezes a impressão de que a intenção não era investigar Karl Marx, mas meramente reafirmar o que se conhecia dele. Para isso, Heinrich diferencia com exatidão o que é comprovado por fontes do que é apenas uma hipótese, ora mais, ora menos plausível. Neste primeiro volume, o autor investiga os anos iniciais de Marx, de sua infância aos anos de formação intelectual, em que doutorou-se na Universidade de Iena. Os dois volumes seguintes estão previstos para 2019 e 2020.
O livro homenageia a trajetória de Davi Kopenawa Yanomami. Líder de um dos maiores povos indígenas do Brasil, Davi é reconhecido por seu espírito combativo na luta contra a invasão da terra Yanomami por garimpeiros ilegais na década de 1980. Ele dedicou a sua vida a defender os direitos dos povos indígenas, salvando a floresta de interesses gananciosos.
A obra conta a história de Ailton Krenak, nascido em território do povo Krenak, na região do vale do Rio Doce, tornou-se um dos maiores líderes políticos e intelectuais surgidos durante o grande despertar dos povos indígenas ocorrido no Brasil a partir do final dos anos 1970.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.