De Abdias do Nascimento a Zeferina e Zumbi dos Palmares, 416 verbetes biográficos que encenam um reencontro do Brasil com a memória silenciada de milhões de pessoas negras. Nesta Enciclopédia negra , Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz passam em revista a história do Brasil, da colonização aos dias atuais, a fim de restabelecer o protagonismo negro. E o fazem alcançando o que há de singular, multifacetado e profundo na existência particular de mais de quinhentos e cinquenta personagens. São profissionais liberais; mães que lutaram pela alforria da família; ativistas e revolucionários; curandeiros e médicos; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil, pessoas cujas feições foram apagadas pela história. Por isso, 36 artistas negros, negras e negres criaram retratos inspirados pelos verbetes desta enciclopédia, aqui reunidos em um belíssimo caderno de imagens. Em um momento de produção e disseminação errática de informações, esta obra contribui para conformar um seguro repositório de experiências individuais e coletivas às quais — como pessoas e como sociedade — podemos recorrer em busca de inspiração e orientação.
Abordagem sistematizada das doenças transmissíveis, desde a caracterização dessas doenças, seus processos mórbidos, agentes etiológicos, reservatórios, períodos de incubação e de transmissão, até as formas de prevenção, imunização e de vigilância epidemiológica.
Por isso, fez-se urgente a publicação de um material que disserte sobre as bases conceituais e operacionais da saúde coletiva e o cotidiano de trabalho do enfermeiro.A terceira edição de Enfermagem em Saúde Coletiva | Teoria e Prática, ampliada e atualizada, reúne reflexões fundamentais sobre a atuação nas práticas específicas de cuidado e na atenção primária à saúde. Além disso, um novo capítulo sobre distrações e interrupções mostra como prevenir e mitigar erros e incidentes que comprometem a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.Esta obra é especialmente indicada a enfermeiros e estudantes de enfermagem, mas de grande valia também para professores, gestores, pesquisadores e profissionais das demais áreas da saúde.?
Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas Baseadas em Evidências alcança a sua 2ª edição, integralmente revista e atualizada.O livro conta com o apoio da Associação Brasileira de Enfermagem em Terapia Intensiva (ABENTI) e da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB), o que bem revela a sua creditação como trabalho de excelência científica. Três destaques surgem nesta 2ª edição:1 - Evidências científicas consolidadas no processo de cuidar nas UTIs – enfermeiros atuantes no papel peculiar de admissão e alta, banho no leito, higiene bucal, manejo e gestão da dor, delirium, terapia nutricional, suporte hemodinâmico, ventilação mecânica, terapia renal substitutiva e controle glicêmico.2 - Descrição detalhada do processo de cuidar – paciente séptico, neurológico, cirúrgico, queimado, oncológico, além da paciente obstétrica crítica.3 - Ampliação do escopo da prática de enfermagem – emprego do ultrassom à beira do leito, manejo do paciente em terapia de oxigenação por membrana extracorpórea e cuidados do paciente em ambulatório pós-alta da UTI. Conteúdo científico indispensável para enfermeiros intensivistas, amparado nas melhores evidências acerca do cuidado intensivo. De acreditação, constitui-se como útil e prático para todos os profissionais e estudantes de enfermagem que almejam, especialmente, um cuidado crítico e reflexivo à beira do leito.Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas Baseadas em Evidências apresenta 2 Editores, 102 Colaboradores, 50 Capítulos, em um total de 656 Páginas.
No cotidiano da terapia intensiva, o enfermeiro intensivista aplica seus conhecimentos e desenvolve habilidades por meio de atitudes focadas na busca contínua da promoção do cuidado seguro. Nesse sentido, o desenvolvimento da competência técnico-científica para o cuidar no processo saúde-doença e também no contexto social requer práticas avançadas de natureza biológica, sociocrítica e humanista. É nesse cenário, de ações e cuidados extremamente especializados, que surge esta obra, chancelada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e pela Sociedad Argentina de Terapia Intensiva (SATI). Composta por 72 capítulos escritos em uma linguagem didática e objetiva, o livro traz ao público um conteúdo abrangente e construtivo, além de altamente informativo e confiável, contando com a colaboração de enfermeiros renomados de 14 países ? um verdadeiro projeto colaborativo internacional. ?Os autores devem ser parabenizados pelo conteúdo abrangente e construtivo, além de altamente informativo, confiável e ? é importante ressaltar ? escrito por enfermeiros para enfermeiros.? Do prefácio de Paul Fulbrook, presidente da World Federation of Critical Care Nurses (WFCCN).
Maior livro da Série Enfermagem, esta obra é composta de 60 capítulos divididos em 9 seções que focalizam e detalham os diversos distúrbios que acometem o paciente crítico, assim como os cuidados a pacientes oncológicos, em pós-operatório e em outras situações que requerem monitorização especial. Os temas relacionados à gestão em UTI abordam desde aspectos éticos, legais e de humanização do cuidado intensivo até a gestão de qualidade nessas unidades.
Esta obra faz parte Coleção 250 Questões Comentadas de Concursos e Residências em Enfermagem. Este volume da coleção trata de um assunto cobrado recorrentemente em provas de concursos e residências
Este livro é resultado da vivência de profissionais do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HCFMUSP) na assistência aos neonatos, às crianças e aos adolescentes com doenças crônicas e raras. O conteúdo atualizado e embasado tanto na experiência como na fundamentação científica multiprofissional transforma esta obra em leitura obrigatória não só para enfermeiros, mas também para médicos, gestores de saúde, residentes e estudantes.
A Série Enfermagem busca facilitar o acesso ao conteúdo de programa de formação do enfermeiro, incorporando práticas pedagógicas compatíveis com os recursos de saúde e educação. Investindo dessa maneira na divulgação dos conhecimentos da prática da enfermagem, esta série certamente produzirá um grande salto qualitativo no cenário da saúde.Resultado da colaboração de profissionais reconhecidos por sua experiência em assistir a criança, o adolescente e a sua família, este livro contempla diferentes aspectos relacionados ao cuidado integral que permeia o processo de hospitalização.Esta nova obra da Série Enfermagem tem o propósito principal de abordar os conteúdos essenciais à formação do graduando, fornecendo-lhe subsídios para desenvolver as competências necessárias à atuação como enfermeiro na área pediátrica.Assim, os capítulos foram estruturados de acordo com as questões relacionadas à unidade de internação pediátrica e ao cuidade de enfermagem oferecido à criança, ao adolescente e à sua família no hospital, considerando também as disfunções orgânicas de maior incidência e os procedimentos de enfermagem mais utilizados.
O livro se propõe a discutir aspectos que envolvem o acesso do profissional de nível médio em enfermagem ao curso de bacharelado e/ou licenciatura em Enfermagem. Para iniciar essa discussão, Carmen Andréa Carneiro da Silva Souza nos leva a observar o que aconteceu com a profissão enfermagem, fazendo uma reflexão histórica. Será que estaríamos abdicando de profissionais de nível médio, com perfil formativo, que se destacam pelo caráter assistencial, em benefício de uma crescente ampliação do contingente de profissionais de nível superior, com formação de perfil gerencial e acadêmico?
Esta edição especial insere-se no gênero de divulgação científica dos resultados de várias pesquisas que contribuíram para o ensino na enfermagem realizadas durante o Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Universidade Federal Fluminense. Retrata o saber-fazer da enfermagem em diferentes cenários e situações de cuidado. Explicita como se dá a educação permanente em saúde, na oncologia, no controle da infecção hospitalar, na emergência, no centro cirúrgico e para agentes comunitários de saúde. Inclui artigos sobre a maior categoria profissional da enfermagem - os técnicos de enfermagem, bem como a violência no trabalho e as experiências relatadas por enfermeiros na pandemia do Covid-19.
Enfermagem – Atuação no Tratamento da Dor chega num momento m que algum tipo de dor crônica atinge um total de 20% da população. É muito! Dor lombar, musculoesquelética, neuropática, cefaleia, outras. A grandeza da incidência faz da dor uma questão de Saúde Pública. O presente livro repercute a grande experiência de equipe multipro?ssional no manejo da dor. São conceitos, princípios, estratégias, técnicas, procedimentos. Todos com base nas mais recentes evidências. O livro apresenta 3 Editores, 42 Colaboradores, 4 Partes, 24 Capítulos, em um total de 268 Páginas. Suas Partes são: Considerações Gerais – epidemiologia, neurobiologia, abordagem da dor aguda e crônica, sistematização da assistência. Tratamento Não Farmacológico da Dor – práticas integrativas e complementares, métodos complementares no tratamento multidisciplinar, medidas físicas, adesão, ações educativas, terapia cognitivo-comportamental, meditação. Dispositivos para Tratamento da Dor – uso da analgesia controlada pelo paciente, dispositivos implantáveis. Dor em Situações Especiais – gestantes, crianças, idosos, trauma, paciente queimado, crítico, câncer e dor oncológica, cuidados paliativos, recuperação pós-anestésica. O livro dirige-se a Enfermeiros envolvidos no tratamento da dor ou outros interessados nessa especialização.
Pesquisa sobre as atitudes e as práticas às vezes desconcertantes do pessoal de enfermagem frente à AIDS. A equipe de pesquisadores encontrou-se com enfermeiras e assistentes sociais de serviços hospitalares de Paris e da Ilha-de-França. Assim, uma centena de entrevistas foi realizada com profissionais que tinham uma maior ou menor proximidade corporal com os pacientes.
Ao longo do século XX, a Enfermagem profissional se desenvolveu e se institucionalizou no Brasil. A consolidação dessa e de outras profissões, vistas naquele momento como femininas, contou com a participação de mulheres que em muitos momentos empreenderam trajetórias pessoais e profissionais que até então lhes eram inacessíveis. Este livro narra histórias de algumas delas que, espalhadas pelo Brasil ou mesmo em formação no exterior, como poderá ser observado na leitura dos capítulos, subverteram expectativas de gênero e construíram um legado para as suas profissões.
Relançando os Ensaios de Sociologia, de Marcel Mauss, a Editora Perspectiva põe novamente à disposição de seu público, a mais ampla coletânea em português desse "clássico" da moderna sociologia e antropologia. Os estudos aqui incluídos constituem um significativo registro dos principais eixos de pesquisa e reflexão desse mestre e constituem referência obrigatória para quem, na Universidade ou fora dela, dedica-se às Ciências Sociais Humanas ...
Os muitos desafios e crises que marcam os tempos pandêmicos podem ser narrados por meio de recursos diversos. As figuras de linguagem (incluindo a ironia, a alusão, o paradoxo), as ambiguidades, o exercício da crítica e até mesmo o humor e o alívio cômico são alguns desses vários recursos presentes em Ensaios Fora do Tubo: a saúde e seus paradoxos. Luis Castiel reflete sobre as precarizações - econômica, social, sanitária, entre outras - e as muitas crises que nos afetam em meio ao que chama de pandemência.
"O ar pela sua parte, com os efeitos do seu calor, causa diversas enfermidades. A porção mais espirituosa do sangue, todos os dias se dissipa, sai pela transpiração pelo suor e pela ourina. O que fica no corpo é um sangue seco, térreo e espesso; donde procedem as melancolias, as lepras, os vômitos pretos, as câmaras de sangue, as febres ardentes etc". No fim do século 18, a importância dada à influência dos fenômenos atmosféricos sobre a biologia levou o naturalista baiano Alexandre Rodrigues Ferreira a descrever detalhadamente a capital, Vila Bela – isto, antes mesmo de analisar as enfermidades reinantes na capitania do Mato Grosso -, no livro Enfermidades Endêmicas da Capitania de Mato Grosso. A obra foi resultado de sua expedição entre 1783 e 1792, período em que foi vítima de tais doenças e observou, em profundidade, as riquezas e costumes locais, atendendo à determinação da Coroa portuguesa. Esse material possibilitou inúmeras abordagens para a história das ciências, como se destaca na introdução desta nova versão organizada pela historiadora Ângela Pôrto, da Casa de Oswaldo Cruz (COC), à qual foram acrescidos três estudos, os quais circunstanciam e ilustram o texto de Ferreira, além de um glossário, produzido pela professora Edméa Souto de Lima, para auxílio à compreensão do texto.
Este livro nasceu com o propósito de que as diversas visões, experiências e competências compiladas nestes ensaios, ajudem líderes e designers organizacionais a expandir a consciência à complexidade e à diversidade do ambiente vigente, abraçando o contexto caótico do mundo, da sociedade e do mercado, e exercitando seu próprio pensamento convergente e divergente para renovar seu olhar sobre dores e problemas, vislumbrando possibilidades e soluções por uma Organização mais Consciente.
Em Ensinando a transgredir , Bell Hooks – escritora, professora e intelectual negra insurgente – escreve sobre um novo tipo de educação, a educação como prática da liberdade. Para Hooks, ensinar os alunos a “transgredir” as fronteiras raciais, sexuais e de classe a fim de alcançar o dom da liberdade é o objetivo mais importante do professor. Ensinando a transgredir , repleto de paixão e política, associa um conhecimento prático da sala de aula com uma conexão profunda com o mundo das emoções e sentimentos. É um dos raros livros sobre professores e alunos que ousa levantar questões críticas sobre Eros e a raiva, o sofrimento e a reconciliação e o futuro do próprio ensino. Segundo Bell Hooks, “a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender”. Ensinando a transgredir registra a luta de uma talentosa professora para fazer a sala de aula dar certo.
Reunindo a experiência de trinta anos como professora dentro e fora da sala de aula, além da própria vivência como estudante em meio ao contexto de segregação racial nos Estados Unidos, bell hooks discorre sobre os desafios que se impõem aos docentes efetivamente interessados em colaborar com a luta antirracista e com a quebra dos paradigmas da dominação. Com uma afetuosa combinação de teoria e prática, os dezesseis “ensinamentos” deste livro — último volume de sua Trilogia do Ensino a ser publicado no Brasil — abordam temas como espiritualidade, racismo, machismo, sexualidade, autoestima e superação do medo e da vergonha. O objetivo, aqui, é resgatar o espírito de comunidade, essencial para manter vivo, em estudantes e professores, o desejo de aprender. Descobrir o que nos conecta uns aos outros e fazer com que as diferenças sejam pontes, não barreiras, é a proposta de bell hooks para trilhar o caminho de uma educação libertadora.
Além de resgatar memórias de sua trajetória como estudante durante e após o regime de segregação racial nos Estados Unidos, com passagens por prestigiosas universidades que não costumavam ser frequentadas por pessoas negras, bell hooks resume neste livro muito do que aprendeu durante os trinta anos nos quais exerceu o ofício de professora. São 32 “ensinamentos” para serem aplicados dentro e fora da sala de aula: pequenos artigos sobre pedagogia engajada, descolonização, humor, lágrimas, autoestima, sexo, vida intelectual, espiritualidade e, claro, racismo e feminismo no ambiente de ensino. Assim como em outros livros em que discute o tema da educação, a autora dialoga criticamente com Paulo Freire para construir um panorama da prática da liberdade através da criação de comunidades de aprendizagem marcadas pelo diálogo e por uma relação de igualdade entre professores e estudantes. *** “A existência humana é, porque se fez perguntando, a raiz da transformação do mundo. Há uma radicalidade na existência, que é a radicalidade do ato de perguntar.” É com esta citação do educador brasileiro Paulo Freire que a educadora negra estadunidense bell hooks inicia o livro Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática, que entra em pré-venda com frete grátis e desconto progressivo a partir de hoje no site da Editora Elefante. Ensinando pensamento crítico é uma continuação do aclamado Ensinando a transgredir, lançado no Brasil em 2017. Os livros fazem parte da Trilogia do Ensino escrita por bell hooks entre os anos anos 1990 e 2000. A coleção inclui ainda Ensinando comunidade: uma pedagogia da esperança, que a Elefante lança nos próximos meses, disponibilizando para o público brasileiro a sequência completa da obra pedagógica da autora.
Nossos caminhos se cruzaram na Universidade Federal do Ceará (UFC), mais precisamente na Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE). No esforço coletivo de reunir diferentes gerações de professores, estudantes, profissionais de serviços e comunidades em torno de um projeto de extensão como parte da formação nos cursos de graduação em Saúde UFC, a à luz das novas diretrizes curriculares nacionais, desafiamo-nos a pensar a formação e o ensino na integralidade da atenção à saúde, com uma visão multiprofissional e interdisciplinar, atenta a questões como formação técnica e preparação para o trabalho e desenvolvimento da cidadania. Fomos à luta. Superamos dificuldade, criamos estratégias de enfretamento: metodologias ativas e significação, formas de cuidados que respeitam a ética e a defesa do sentido da vida.
Este livro procura esclarecer as causas do stress sob o ponto de vista do trabalhador. O autor acredita que a compreensão do stress originário do ambiente de trabalho e sua superação é um requisito necessário para a realização plena do ser humano.
O envelhecimento da população brasileira é uma importante pauta para debate, sobretudo entre governantes, geriatras e gerontólogos neste novo mi¬lênio. O Brasil já não é um país jovem. Os idosos que representavam 3,2% da população geral em 1900, e 4,7% em 1960, poderão atingir 16% no ano 2025, quando o nosso país ocupará a sexta posição no ranking mundial em número de idosos, com aproximadamente 32 milhões de indivíduos. Esse fenômeno vem ocasionando uma imensa diversidade de necessidades sociais e de saúde nos mais diferentes contextos. Mesmo sabedores de que viver mais não é sinônimo de viver melhor, é importante ressaltar que envelhecer não deve significar, necessariamente, declínio ou perda das faculdades e funções. A velhice não deve e não pode seguir um curso decadente. Muitas doenças associadas à velhice podem ser prevenidas ou retardadas, de modo que os idosos possam permanecer saudáveis o bastante para desfrutar sua experiência e maturidade. E é isso a que se propõe a presente publicação ao abordar as síndromes geriátricas, ou seja, os problemas mais típicos dos idosos, também conhecidos como “os gigantes da geriatria” ou “Is”.
Obra original resultante de estudo interdisciplinar que apresenta os "saberes da experiência" produzidos no cuidado-de-si por portadores de diabetes mellitus. A riqueza destes conhecimentos práticos é contrastada com as competências requeridas para o autocuidado, estabelecidas por especialistas, enquanto um olhar da Ciência e da Clínica.
O livro aborda com maestria e coragem um tema importante, delicado e até então não discutido no Brasil: como equacionar a tensão entre a Liberdade de catédra e a autonomia das universidades confessionais, que muitas vezes cerceiam os estudos e pesquisas de seus professores e estudantes, no afã de preservar dogmas religiosos, sobretudo em questões envolvendo sexualidade e direitos reprodutivos. Trata-se de leitura indispensável para todos os que se preocupam com o futuro da universidade e das liberdades públicas no país.
Alguns assuntos, ainda que passem anos ou décadas, não saem do noticiário. Nem do imaginário. Cuba é um deles. Desde que um bando de barbudos deu início à luta armada que levaria ao sucesso da Revolução Cubana em 1959, a ilha é motivo de debates apaixonados. Entre a utopia e o cansaço busca romper com essa tradição: não a do debate, mas a das paixões. Os 22 textos aqui reunidos complexificam os principais tópicos de discussão sobre a realidade cubana. Homossexualidade, religião, racismo, protestos políticos, participação popular, as Forças Armadas, as reformas econômicas e monetárias, a imigração, as relações com Washington, a nova Constituição, a juventude.
Neste livro, analisam-se conflitos e confrontos argumentativos em torno da liberação de sementes transgênicas, abordando-se, por meio da comparação das experiências do Brasil e da Argentina, uma questão crucial nas sociedade contemporâneas: as disputas de sentidos na agenda política global acerca da segurança e soberania alimentares.
Entre Demografia e Antropologia: povos indígenas no Brasil apresenta profundas avaliações sobre as dinâmicas populacionais indígenas. Em suas abordagens, a obra passa por pesquisas e conhecimentos multidisciplinares, que vão de questões de migração, mobilidade e dinâmica territorial até a contextualização de dados censitários e a forma como a população indígena é retratada nos censos demográficos do Brasil.
Em 1998, o historiador Sidney Aguilar Filho dava uma aula sobre o nazismo alemão para uma turma de ensino médio quando uma aluna mencionou haver centenas de tijolos estampados com a suástica, o símbolo nazista, na fazenda de sua família. Esta informação despertou a curiosidade do historiador e desencadeou sua pesquisa, a qual revelou que empresários ligados ao integralismo e ao nazismo removeram 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro/RJ para a Campina do Monte Alegre/SP na primeira metade do século 20. Entre integralistas e nazistas apresenta a história dos anos 1920, 1930 e 1940 explicando como o Brasil absorveu e aceitou as teorias de eugenia e de pureza racial a ponto de incluí-las na Constituição de 1934. A trajetória da pesquisa reforça ainda mais as teses de que os conceitos de “supremacia branca” e as tentativas de “branqueamento da população” marcaram nossa sociedade, sendo o racismo e – mais ainda – a negação do mesmo ainda perenes.
O autor busca refletir sobre a força da lealdade à palavra dada, valor que, para algumas pessoas, determina julgamentos frequentemente contrários aos deveres e a qualquer outro valor moral necessário à existência da sociedade.
A obra investiga as experiências de quatro importantes e renomados educadores brasileiros na Faculdade de Educação (Teachers College) da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, nas primeiras décadas do século 20. O livro é um desdobramento da premiada pesquisa de doutorado desenvolvida pela historiadora Ana Cristina Rocha no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz). Ganhadora de dois títulos no Prêmio Capes de Tese 2017 (tese vencedora na área de História e prêmio da Comissão Fulbright Brasil), a autora analisa o modo como Anísio Teixeira, Noemy Silveira Rudolfer, Isaías Alves e Lourenço Filho aproveitaram essa experiência de estudos na instituição, localizada em Nova York. Publicado em coedição com a Editora PUC-Rio, o título revela como as experiências dos educadores refletiram em suas práticas profissionais quando retornaram ao Brasil. Dessa forma, a pesquisa dialoga tanto com as perspectivas teóricas dos intelectuais brasileiros a partir de suas passagens pelo Teachers College, como também a forma como essas ideias foram utilizadas pelos quatro quando trabalharam em serviços de educação, nos anos 1930, especialmente no Distrito Federal e em São Paulo. Para além das trocas de ideias e intercâmbios entre pensadores do Brasil e dos Estados Unidos, esses educadores vislumbravam soluções para a modernização do país através da educação que, mesmo iniciadas no início do século 20, são um grande desafio para o nosso sistema educacional até os dias atuais. O volume mostra como, a partir desses deslocamentos institucionais, mas também culturais, econômicos e políticos, cada intelectual desenvolveu um papel importante na educação brasileira: Anísio Teixeira e Lourenço Filho articularam um projeto nacional de formação de professores; já Noemy Rudolfer e Isaías Alves trabalharam com testes de inteligência, trazendo a psicologia educacional para o debate nacional. Como destaca o texto de qua
Um livro que pode trazer contribuições para o debate público sobre um tema de fundamental importância nos campos da saúde e dos direitos das mulheres: a interrupção da gravidez entre jovens. Entre o Segredo e a Solidão: aborto ilegal na adolescência, título escrito pelo psciólogo Wendell Ferrari, integra a coleção Criança, Mulher e Saúde.
O Hospital São Paulo foi fundado como hospital escola da EPM em 1936, como parte de uma Sociedade Civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que recebia a população não protegida pela previdência social. O fio condutor deste livro foram os números, em busca das origens e dos caminhos dos recursos para o financiamento do Hospital e do ensino de clínicas da EPM, mas também se fez necessário observar os lugares da política paulista, seus diálogos com os diversos brasis, suas fabulações acerca da “singularidade” da história dos paulistas e as tensões evidentes nos espaços da Escola e do Hospital entre o que se chama de público e o que se considera privado, salientando-se os limites e articulações entre essas duas esferas no cotidiano das vidas de seus personagens. Neste livro, o financiamento das ações de saúde desenvolvidas por um hospital filantrópico, o Hospital São Paulo, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é estudado de maneira a evidenciar que o conjunto das leis que vem legitimando e estruturando as práticas filantrópicas no Brasil do século XX criou distorções que incidem negativamente sobre hospitais, como HSP. que atendem, majoritariamente o público chamado de "indigente", antes da criação do SUS, e aos cuidados que utilizam o SUS após após a constituição de 1988. Entre a fundação da EPM em 1933, do seu Hospital escola em 1936, a federalização da Escola em 1956, a manutenção do Hospital como privado e filantrópico sob gestão da SPDM e responsável por acolher o ensino de clínicas da Escola, muitas trilhas históricas que permitem, também, discutir as escolhas políticas feitas em saúde pública no Brasil.
Este livro oferece diferentes olhares sobre militância e formas de sociabilidade LGBT na Paraíba. Foi resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, com a colaboração de muitas pessoas e coletivos, buscando diálogos entre academia, ruas e ativismos. De histórias que contam a memória do movimento LGBT, passando pelas políticas públicas, até formas de ativismo e ocupação de diferentes espaços pela juventude, entre o sertão e o mar, muitas poéticas e políticas estão registradas aqui, com artigos escritos com diferentes estilos que mostram um belo caleidoscópio da diversidade sexual na Paraíba.
A forma como se prestava apoio ou patrocínio privado à ciência no Brasil na primeira metade do século vinte é exibida neste livro, tomando-se como exemplo específico a relação do industrial Guilherme Guinle com o médico e cientista Carlos Chagas e as ações que dela resultaram. A construção dos hospitais para sifilíticos e para cancerosos, na década de 1920, no Rio de Janeiro – onde suas ações estão diretamente relacionadas à política de saúde pública, na gestão de Carlos Chagas à frente do Departamento Nacional de Saúde Pública – e o apoio aos projetos desenvolvidos por Evandro Chagas, Carlos Chagas Filho e Walter Oswaldo Cruz, ainda com forte vinculação aos ideais do “nacionalismo sanitário” defendido por Carlos Chagas são notáveis. A obra explora os caminhos que permitiram que o mecenato e a filantropia de Guilherme Guinle à ciência e à saúde acontecessem no Rio de Janeiro do período que abrange 1920 a 1940, contribuindo para mudanças e avanços nessas áreas.